Ao que tudo indica, “Up” será uma comédia sobre Carl Fredricksen, um vendedor de balões de setenta e oito anos que finalmente realiza um dos seus mais antigos sonhos, quando decide prender milhares e milhares de balões à sua casa e viajar sobre o continente sul-americano. Infelizmente, não sabia ele que o maior dos seus pesadelos também fazia parte da viagem: Russell, um miúdo de oito anos de idade demasiado optimista para o gosto de Carl. Uma sinopse tão apelativa como irreal, só possível de acordo com um mundo de impossibilidades infinitas como o é o da animação.
Com o selo de qualidade da Pixar – que domina actualmente o sector a todos os níveis -, “Up” será certamente o décimo sucesso consecutivo dos estúdios de animação norte-americanos. Haverá segredo ou porção mágica para tal façanha? A resposta é simples e não tem nada que enganar; John Lasseter e companhia provam fita após fita que a sua criatividade não tem limites, orquestrando obras sofisticadas para todas as idades, respeitando a audiência e, conseguindo assim, transformar as animações da Pixar em clássicos que certamente serão relembrados por muitas gerações. Contratando os melhores entre os melhores e fornecendo-lhes a melhor tecnologia e as melhores condições de trabalho do mercado, a Pixar dá tempo ao tempo – deixando as ideias amadurecerem - e não entra em automatismos que conduzam a obrigações financeiras de rápido encaixe. Ao não sentir a necessidade de produzir várias fitas por ano, os homens de Lasseter concentram-se e dão o seu melhor em cada uma das obras-de-arte.
Depois de um ano onde “Wall-e” foi rei e senhor, “Up” promete voltar à carga nos principais prémios da indústria. Será um idoso um herói improvável? Claro, como também o foram um rato numa cozinha e um robô em miniatura destinado a limpar todo um planeta. Na segunda fita da Pixar com humanos como personagens principais – a primeira foi “The Incredibles” -, será o veterano Edward Asner – que ainda hoje detém o recorde masculino de prémios Emmy na prateleira de casa (sete) – que dará voz ao senhor Fredricksen. O desconhecido Jordan Nagai ficará encarregue da locução da personagem mais nova. Inspirados nas obras de Hiyao Miyazaki, os realizadores Pete Docter (“Monsters, Inc.”) e Bob Peterson certamente justificarão em cada segundo de animação os seis anos que demoraram a trazer “Up”, o primeiro filme 3D da Pixar, até nós.
4 comentários:
mais uma aterefada manhã de trabalho, ein ?
Sinceramente achei que o Ratatui deixou o wall-e a um canto. Não que o wall-e seja mau, muito longe disso, é um excelente filme. Então imaginem o que acho do Ratatui.
E acho que o mesmo se vai passar agora com este filme. Já vi o trailer e a história não me cativa assim tanto.É o que dá estar habituar-me a ver filmes como o Ratatui e o À procura do Nemo.
Chiquinho... se tivesse lido a Take como devia, tinha visto que esta antevisão vem de lá, logo não custou uma manhã de trabalho... por aqui não adopto os seus hábitos de trabalho :P
Luís, eu não entrei na onda do Wall-e. Acho que é um dos produtos menos conseguidos da Pixar (vou ser cilindrado por quem ler isto). Quanto a este UP, acho que vou amar! Um abraço!
Também concordo que foi dos produtos menos conseguidos mas não deixei de gostar do filme. Mas não parece um produto da pixar.
Abraço ;)
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