Provavelmente a obra cinematográfica mais conceituada da filmografia de Chuck Norris enquanto one-man army, "
Desaparecido em Combate" é claramente influenciado pela estreia de "
First Blood" dois anos antes, aproveitando quase de forma descarada a Cannon Films várias ideias do hit de Stallone e Ted Kotcheff - do impacto sociocultural da guerra do Vietname à saída em slow motion do rio, de M6 em punho - para fomentar um capítulo que acabaria por se tornar um dos mais rentáveis da história da produtora low budget de origem israelita. Nasceu assim a lenda de um homem que sorri perante o perigo e torce mamilos ao medo, um que mais facilmente mata vietnamitas à facada do que consegue arrancar vestidos a mulheres; um que fazia parkour pelo hotel quando tal conceito era desconhecido, um que desse as cambalhotas e as quedas que desse, nunca ficava com a camisa desfraldada. O filme, esse, é uma espécie de Rambo para totós, um cuja terrível cinematografia e pós-produção - dos disparos em branco sem impacto em lado nenhum aos cartuchos infinitos - o tornam, ironicamente, delicioso. Seguiu-se uma prequela e uma sequela sem grande impacto, mas que ainda assim tornaram o Coronel James Braddock na mais popular personagem do único homem do planeta que consegue cozer ovos em água fria.
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