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Passou-me ao lado a sua afamada grandiosidade, naquele que é mais um perfeito exemplo de um filme que me deixa a questionar sobre a minha perspectiva crítica e, chamemos-lhe, educação cinéfila. Vejo a classe na cinematografia partilhada de Pierre Lhomme e Walter Wottitz, testemunho o papelaço frio e magnânime de Lino Ventura mas, e cá chega o grande mas, não percebo o entusiasmo em torno do ritmo lento projecto por Melville, numa história onde tudo acontece sem nada acontecer, onde as peripécias a bordo de um avião, submarino ou carro pouco ou nada acrescentam ao todo, onde as decisões preponderantes - como a que encerra o filme - pouco ou nenhum sentido fazem de acordo com os ideais defendidos, onde a cena mais memorável é ao mesmo tempo aquela mais improvável: um homem que consegue escapar aos tiros de uma metralhadora a andar/correr em linha recta. Entediante, por mais audaz e meritória que seja a história real que lhe dá vida.
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