Alguém disse, e bem, que a "Mulan" entrou no mundo de "Avatar" com o objectivo de descobrir "Como Treinar o Seu Dragão". Belíssima mitologia, banda-sonora competente, criação cuidada de um "novo mundo" e animação de excelência - as texturas, o mar, o céu, as personagens, tudo. O resto? Diálogos sem sal nem pimenta, sobre-exposição constante de toda e qualquer acção, narrativa previsível e história MARVELizada - a heroína que salva o mundo - que raramente consegue intimidade com o coração do espectador mais exigente. O (pouco) humor quase nunca resulta, falta química entre as personagens principais e os seus sidekicks - normalmente um dos maiores trunfos da Disney - e, por mais inspiradora que seja a sua mensagem sobre confiarmos uns nos outros, acaba por ser a persistência nessa ideia que leva a algumas das decisões mais incompreensíveis e surreais do enredo. E sim, Disney+, eu confio em vocês quando deixarem de me pedir um valor adicional por material "premium".
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