Stephen Chbosky escreveu o livro, adaptou a história a guião e, por via das dúvidas, ainda decidiu aventurar-se a realizar a coisa. O homem sonha, a obra nasce, um filme de sabor e sentimento real que consegue envolver-se numa panóplia de assuntos sensíveis - abuso sexual de menores, luto, suicídio adolescente, homossexualidade e homofobia, pressão dos pares e ansiedades relacionais - numa fase pré-vida adulta sem nunca tornar-se depressivo ou demasiado lamechas. Sentimos os dilemas de Charlie, Sam e Patrick como nossos, acreditamos no valor da sua amizade - aquela que apoia quem realmente somos e não aquela que valoriza quem fingimos ser - e, num cocktail de melancolia e felicidade, acabamos todos de cabelo ao vento ao som irresistível e eterno de "
Heroes" de Bowie. Fácil.
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