Anos e anos enganado a pensar que isto tinha sido apenas uma sequela para ganhar uns trocos. Bem, até pode ter sido, mas comparado com tanta porcaria que sai hoje em dia com tubarões, há aqui muito sumo para espremer. Roy Scheider completamente a borrifar-se, em conflito directo com o realizador, obrigado pelo estúdio a cumprir contrato. E, mesmo assim, tão eficaz, na paranóia a disparar contra o mar na praia ou na bebedeira no conforto do lar. Ele que, de acordo com a sua biografia, chegou a apresentar um atestado de insanidade para tentar roer a corda que o ligava à Universal, mas que hoje em dia olha para esta sequela com outros olhos. Falta-lhe a magia de Spielberg, mas para compensar temos o encanto de um série B... de orçamento milionário - o triplo do primeiro -, tão orgulhosamente pateta quanto repleto de adrenalina. Um verdadeiro slasher aquático, com mortes originais, helicópteros na boca do bicho e uma cena final electrizante. Literalmente electrizante. John Williams com a batuta na mão e uma rapariga com um death wish tremendo, em chamas. Good enough for me.
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