When Hollywood Turned Its Back on Val Kilmer

Night of the Living Drs. Strangelove

Under Paris (2024)

O final é algo inesperado e refrescante - o sacana do tubaralho ganha -, mas caramba, expliquem-me lá o hype em torno disto e tanta comparação pecaminosa com o... nem consigo dizer, que é pecado, mas vocês já perceberam de certeza. Jawcques, o tanas. É que nem é orgulhosamente estúpido nem estupidamente sério. Anda lá pelo meio, a pédaler dans la semoule. Vão lá mas é pisser dans un violon, que eu avoir le cafard e só me apetece noyer le poisson. Ainda por cima está mesmo a ver-se que vai dar sequela. Tamisa, aí vamos nós, que há muita coisa para destruir em Londres.

The Original Plans for Terminator 3 & Franchise

There will be Blood, Aurora!

George Carlin: You Are All Diseased (1999)

You've got to love the way Carlin hates everyone. And everything. My favorite stand-up show ever, with some of his most iconic words on religion. He's never been angrier than this on stage, and it's just a masterpiece of a performance. He worshiped the sun and prayed to Joe Pesci; I do worship the sun, but I actually pray to Carlin.

The Birth and Death of Slapstick Comedy

Pai nosso que não estás no céu!

Monolith (2022)

Sou um apreciador nato destes filmes que fazem muito com muito pouco. Uma ideia, um espaço, uma personagem-chave, e pouco mais. Mistério sobre terror, suposições sobre conclusões, cepticismos sobre certezas. Interpretação fulgente de Lily Sullivan e todo um arco de dúvidas que embrenha o espectador na expectativa de um desfecho que una todas, ou pelo menos quase todas as pontas soltas. Não o faz, no entanto, muito convincentemente, entregando ainda para mais a conclusão a meio caminho, com um plano "aéreo" de alguns segundos completamente desnecessário. Acho mesmo que, tendo em conta toda a suspeição "extraterrestre" criada pelo caminho, teria sido muito mais impactante e surpreendente um final "realista" baseado naquele suposto plano de vingança da filha de uma ex-empregada que é apresentado a meia hora do final. Ainda assim, mérito por toda a atmosfera de paranóia, culpa e tensão que Matt Vesely edifica em hora e meia.

The Original Plans for Godfather 4

Venon vs Knull

IF (2024)

Os IF (Imaginary Friends) são fofos, a premissa é fofa e a execução técnica e visual da junção dos dois mundos - o real e o animado - é fofa e competente. Tudo muito fofo, é verdade, mas uma trapalhada enorme de guião que nunca sabe bem como aproveitar da melhor forma todo o arsenal criativo que dispõe - não só imagético como vocal, com tanto actor de renome a dar voz/vida aos mais variados IFs - nem como justificar tanta incongruência entre "dimensões". Acaba por ser tudo demasiado simples, sem rasgos para mais tarde recordar, excepção talvez feita a uma cena entre pai e filha no hospital capaz de derreter o mais duro dos machos na plateia. Faltou-lhe uma história com peso, moral e sentido mas, acima de tudo, coragem para arriscar. E o final com os "adultos" é a principal prova disso.

What Was the Hardest Film to Make?

Brick Sequel

Late Night with the Devil (2023)

Oito minutos de prólogo absolutamente maravilhosos, que nos dão todo um complexo contexto pessoal e profissional não só de forma eficaz como em moldes altamente credíveis e energéticos. David Dastmalchian numa personagem - e época - que lhe assenta que nem uma luva, num "Ghostwatch" não tão realista na execução técnica - culpa dos tempos mas também do pseudoamadorismo propositado da experiência de Halloween da BBC que aqui é substituído por muitos momentos de bastidores demasiado convenientes e "limpinhos", já para não falar bem perto do fim quando o espectador entra na mente da personagem principal - mas igualmente divertido, imersivo e exuberante. Final corajoso e ousado, interpretações sensacionais de todos os "convidados" mas, e porque não há bela sem senão, muitas queixas do "povo" de que foi utilizada inteligência artificial para criar separadores artísticos no programa de Delroy. Sou honesto: não dei por isso.

The Original Plans for Indiana Jones

The (Dark) Bear

Harley Davidson and the Marlboro Man (1991)

Mickey Rourke a cheirar a cabedal e engates de motel na sua Harley Davidson, Don Johnson de barbas com um colete de camurça, cigarrinho na boca e chapéu de cowboy, strippers repletas de silicone em cima de motas e a casual cena de pancadaria para mostrar quem manda. Um Concorde a aterrar em Burbank. Dúvidas filosóficas e existenciais. Assalto a uma carrinha de transporte de valores para salvar um bar de ser demolido. Já não se inventam motivações destas nos dias que correm, hoje em dia é sempre para salvar a vida a alguém que está a morrer e precisa de um tratamento caríssimo. Paneleirices. Um esquadrão de Mr. Smiths saídos do Matrix como supostos funcionários de segurança do banco. Porque afinal não era dinheiro que ia na carrinha, mas droga. E ninguém brinca com os cartéis, ainda para mais quando é o Tom Sizemore o manda-chuva. A Tia Carrere, olha para ela tão esticadinha, com uns brincos de meter respeito. Muita sabedoria ancestral em torno de mulheres e relacionamentos. Um dos irmãos Baldwin que não se safou em Hollywood - mas pelo menos não matou ninguém no set - como capanga. Banda-sonora à maneira. Lógica da batata, cena atrás de cena, mas ninguém quer saber. These boots are made for walkin'... and that's just what they'll do.

Stephen King on Kubrick's "The Shining"

Wickverse Bautista

Civil War (2024)

Tecnicamente, é um filmaço. Enquadrado na mensagem política e social que transporta, é um filmaço. Enquanto mescla audiovisual de um realismo ímpar e raro no género - chamemos-lhe uma incursão semi-apocalíptica - é um filmaço. E, ainda assim, duas powernaps em dois dias consecutivos para recuperar energias. Alguns bocejos. Ritmo desiquilibrado. Um "Come and See" dos chineses - deste caso dos americanos da A24 -, sem coragem para ser mais do que um quadro bonito na parede com muitas ideias ao barulho - principalmente em torno do jornalismo e do ambiente político divisionário na sociedade norte-americana - mas pouca coragem para lhes dar corpo além do valor de choque. Citando o realizador, o "jornalismo não é um luxo; é uma necessidade". Estamos de acordo.

The Original Plans to Kill Buzz in Toy Story 3

Saturday Night (Behind Live)

The Fall Guy (2024)

Este David Leitch não é definitivamente para mim. Um filme com um conceito (meta) óptimo, que vive (supostamente) para os duplos e de duplos, consegue parecer mais artificial e computorizado de que qualquer Missão: Impossível do tio Cruise. Num mundo de Goslings falsos de acção, sejam mais como o Tom Cruise; num mundo de Goslings verdadeiros de romance, metam antes os olhos no Richard Gere dos anos noventa. Todo e qualquer diálogo entre Blunt e Gosling parece ter sido escrito por um duplo de guionista; e não, não é suposto os guionistas terem duplos. Ainda para mais um especializado em pancadaria e gargalhadas com os amigos, mas daqueles que arrota em bom e alto som quando leva a namorada a jantar ao indiano. Resumindo: por mais carisma que Blunt e Gosling tenham, ninguém os ajuda a construir qualquer química credível na relação ficcional de ambos.

Os lugares silenciosos de John Krasinski

There are no ground rules with friends!

65 (2023)

"Olá ChatGPT. Podes fazer-me o filme mais banal possível com um explorador do espaço que despenha-se no nosso planeta alguns dias antes daquele meteorito gigante levar à extinção dos dinossauros? Ah sim, mete o gajo a fugir de dinossauros muita foleiros e artificiais, juntamente com uma miudinha que lhe vai fazer lembrar a filha, doente não se sabe bem com o quê, e que por isso o levou a ir em missão, para juntar uns trocos para a salvar. Num outro mundo qualquer. Que tal como a doença, ninguém percebe bem qual é. Nem a missão. Nem porque tal missão levava uma criança congelada. Enfim, já percebeste, desenrasca qualquer coisa que não precise de realizador, editor, guionistas ou talento humano. Sim, estou a incluir o barrote do Adam Driver. Sei que não vai ser fácil fazer pior do que qualquer série B da Asylum, mas é por isso mesmo que estou aqui a pedir-te isto. Se a malta demorar quatro dias a ver isto porque está sempre a adormecer em casa, melhor ainda. Obrigado!"

Fellini: Chaos In The Land of Memory

There Will Be Billy Bob

Playing with Fire (2019)

John Cena e as mil e uma desculpas para mostrar o caparro sem roupa num filme com - e para - crianças. Será para as mães se deliciarem? Bom coração mas falta-lhe alma, boas intenções mas poucas emoções, interpretações masculinas quase todas demasiado patetas para serem credíveis - Cena incluído - e, claro está, não há ponta de imprevisibilidade num guião que caminha a passos largos para o único final satisfatório possível. Ainda assim, meia estrela extra por não termos que levar com o Mark Wahlberg no lugar do Mr. Money on the Bank.

Tom Hanks Oxford acting lesson