Os bodybags como cartão de boas vindas, a selva húmida, o maço de Marlboro no capacete, uma ganza fumada pelos canos de uma caçadeira, um olhar vazio à partida, outro inocente à chegada, a alma e o coração da América. O pequeno grande mundo de Oliver Stone do avesso, começando com Defoe bom e Berenger mau, narrado pela voz sem grande peso nem profundidade do Sheen mais novo - bem longe do impacto da do pai em "Apocalypse Now". Duas figuras de autoridade que personificam duas visões diferentes de masculinidade - o protector e o impiedoso -, num conflito humano quase tão perigoso para o pelotão quanto a guerra em si. A acção que nunca abandona a linha da frente, a confusão no meio dos tiroteios - alguns historiadores e ex-combatentes defendem que cerca de quarenta porcento das mortes norte-americanas deveram-se a "friendy fire", algo que marcou inclusivamente o posterior "Nascido a 4 de Julho" de Stone. Numa perspectiva pessoal, descobrindo-o agora pela primeira vez e conhecendo o perfil cultural crítico de Stone, faltou-me contexto político, motivacional e de jogo de bastidores de uma guerra tão absurda como, infelizmente, riquíssima em aventuras e desventuras. Lyndon Johnson, qual Capitão Falcão contra os comunistas, sem uma única referência. Problema meu de expectativas, não do filme. Episódio sobre "Platoon" gravado para o podcast "Imperdoável" do Rui Alves de Sousa,
aqui.