sexta-feira, junho 09, 2006

Derailed (2005)

Baseado no best-seller de James Siegel, “Derailed” é um filme que tem por base a infidelidade de Charlie e Lucinda, dois executivos, que depois de se conhecerem numa viagem de comboio acabam num hotel, onde são assaltados. Ambos casados, a traição acaba por ser usada pelo assaltante como chantagem. Dispostos a tudo para salvar os seus casamentos, Charlie e Lucinda entram num mundo de vigarice e... várias reviravoltas facilmente perceptíveis e óbvias.

Com um interessante começo, “Pecado Capital” promete muito mais do que realmente acaba por ser. Sem nunca largar o interesse do espectador, o sueco Mikael Hafstrom, realizador do previamente coroado “Ondskan” consegue criar um aceitável thriller urbano que, no entanto, esmorece e afrouxa a partir do momento da grande revelação argumentativa da obra, revelação essa óbvia e previsível, mas mesmo assim não menos interessante. É ao ajoelhar-se aos pés dos tão tipícos cliches de suspanse de hollywood que “Derailed” descarrila por completo.

Com interessantes e dotadas representações dos magníficos Clive Owen e Vincent Cassel (principalmente deste último), só Jennifer Aniston parece sempre um pé atrás. Não me parece que seja este um estilo interpretativo favorável à famosa “friend ex-Pitt”, a de triste e banal mulher fatal. No entanto, num nível global, todo o elenco encaixa bem e mesmo a própria realização de Hafstrom é eficaz e atraente, num estilo escuro e ritmado que prende a atenção. Faltou apenas um pouco mais de coerência com os acontecimentos finais e um pouco mais de imaginação com o desvendar do óbvio “twist”. Não é para quem quer, é para quem pode.

Não é suficientemente bom para recordar no dia seguinte, mas chega e basta para ser suficientemente persuasivo para agarrar e entreter durante uma longa noite de ócio. Nem que seja porque Owen e Cassel estão juntos na mesma “caixa” como héroi e vilão.

4 comentários:

Anónimo disse...

tenho de discordar, pois esse filme ficou na minha cabeça durante algum tempo.. apesar de ser bastante previsivel a tal descoberta do fim, acho q nao deixa de ser uma boa reviravolta, pois se o filme continuasse sem tal acontecimento, tornava-se enfadonho. devo dizer que esse filme foi uma grande surpresa para mim (pois não estava a espera de absolutamente nada)

Carlos M. Reis disse...

Eu não critico o facto de a descoberta ser prevísivel mas sim o facto de ela ter sido mal aproveitada e cuidada. Acreditas mesmo que depois de um esquema daqueles em que se roubaram milhões, os criminosos voltariam exactamente ao mesmo sitío no dia seguinte, à mesma hora como fez a personagem de Aniston? Bastante útil para o realizador, mas totalmente improvável.

Cumprimentos, obrigado pela visita.

Anónimo disse...

Estive quase para ir ver este, mas depois passou-me ao lado. A ver se o vejo um dia destes...

Abraço

Carlos M. Reis disse...

Tu é que sabes caro Mário... mas deves ter bem melhor aí por casa :)

Um abraço!

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