terça-feira, outubro 31, 2006

Rankings CN: You hate them? We don't!

Qual é o nosso visitante que não tem um fraquito especial por certos filmes que foram completamente arrasados pela crítica, pelos resultados de bilheteira, por amigos e até pela própria namorada? Todos temos, certo? O Cinema Notebook lembrou-se de alguns (entre muitos outros injustamente esquecidos) e passou-os para o vosso ecrã, num grito de revolta. Revoltem-se também e deixem os vossos testemunhos.



Lugar - Overboard (1987) <-> IMDb (6.1) /\ Rotten Tomatoes (55%)
"If there's an amnesia movie worse than "Overboard," it slips my mind."

Lugar - Hudson Hawk (1991) <-> IMDb (5.1) /\ Rotten Tomatoes (18%)
"The characters are silly and the ancient jokes, puns and sight gags are so low they make the Three Stooges seem sophisticated."

Lugar - Far and Away (1992) <-> IMDb (6.2) /\ Rotten Tomatoes (48%)
"There are few words that would do justice to how bad this movie really is - badly written, badly acted, badly directed over sentimental, misleading and far too long is a start."

Lugar - The Chase (1994) <-> IMDb (5.3) /\ Rotten Tomatoes (31%)
"There's just enough slicks and smarts in this movie to make you wish the rest of it weren't so darn stupid."

Lugar - Sweet November (2001) <-> IMDb (5.4) /\ Rotten Tomatoes (16%)
"If I were a guy, and a gorgeous woman took me into her apartment, had passionate sex with me and supported my ass for a month, it’d change my life, too! Perhaps this is more romantic science fiction than anything."

segunda-feira, outubro 30, 2006

Com tranquilidade...

domingo, outubro 29, 2006

Novos "Fedorentos" logo na RTP1

Olhando assim só de "relance", o novo programa dos Gato Fedorento até parecia uma coisa séria: um magazine sobre a actualidade que faz o comentário do que se vai passando em cada semana. Mas como sabemos que dali nada sério virá... vamos ver o que acontece, mais logo, às 21:30 na estreia de "Diz que é uma espécie de magazine".

"O programa só se distingue [da série Lopes da Silva] porque vamos estar sempre em cima da actualidade, coisa que nunca antes fizemos. Tirando isso, a paródia é sempre a mesma", explicou Ricardo Araújo Pereira ao DN. O programa terá duração de 40 minutos e será gravado em estúdio aos sábados, com público ao vivo, a participação de figuras públicas (convidadas a fazer de si próprias) e rábulas pré-gravadas que satirizam os "acontecimentos mais apetecíveis" da semana.

O director de Programas da RTP mostra-se muito entusiasmado com o que considera ser "a principal estreia de grande fôlego" até ao final do ano. "A solução dos sketches tinha que evoluir e este formato de actualidade tem capacidade para agarrar ainda mais pessoas", crê Nuno Santos, anunciando duas novas séries dos Gato para 2007. O desafio criativo continua...


Fonte: Diário de Notícias

Passatempo: Edição 5 de 20 - ENCERRADO!

Cinema - Grau A (3 pontos)

Que filme foi laureado com o galardão de "Melhor Filme Estrangeiro" pela Academia Japonesa de Cinema, em 2003?
Resposta: Monster's Ball ; Vencedor: Xplod

Televisão - Grau B (2 pontos)

Brown, Mallory, Welles e Arturo eram os apelidos de quatro personagens de uma série televisiva dos anos 90. Falamos de...?
Resposta: Sliders ; Vencedor: Xplod

Photoguess - Grau C (1 ponto)

Que actor está escondido nesta imagem?
Resposta: Peter Sellers ; Vencedor: Xplod

Em caso de dúvidas, consulte o regulamento e estrutura do passatempo. Não é obrigatório responder às três categorias. Cada participante pode apenas dar uma resposta por categoria e não ir tentando exaustivamente até acertar. Pode é responder a uma categoria num determinado momento e a outra categoria, mais tarde.
Se possível, deixem a vossa resposta com o seguinte formato:
Cinema - Resposta
Televisão - Resposta
Photoguess - Resposta
Necessita de estar registado no blogger e pontua em cada categoria quem responder primeiro correctamente, mesmo que as respostas às outras categorias estejam incorrectas.

sexta-feira, outubro 27, 2006

Children of Men (2006)

2027. Faz 18 anos que nasceu a última criança no planeta Terra e a raça humana caminha a largos passos para a extinção total. O globo caiu na anarquia total, e tudo devido a um problema (pelos vistos provocado por uma estirpe de gripe) de infertilidade na população de todo o mundo. Numa Londres semi-caótica e dividida, qual estilo neo-nazi, entre britânicos e emigrantes, Theo (Clive Owen), um desiludido ex-activista burocrata, torna-se no improvável defensor da sobrevivência humana, quando se vê obrigado a enfrentar tudo e todos (literalmente mesmo) e proteger Kee, que, milagrosamente, engravidou numa época onde a esperança já tinha morrido à muito. Continuará o futuro a ser uma coisa do passado?

Alfonso Cuarón, realizador do aclamado “Y tu Mama También” e de um dos capítulos da saga “Harry Potter”, consegue levar um conceito de elevadissímo potencial a um caminho argumentativo completamente desiquilibrado. Falta sensibilidade no trato de uma questão séria e preocupante. Ou melhor, de duas questões sérias e preocupantes: uma causa possível para a extinção da raça humana e a cada vez mais cinematograficamente retratada futura anarquia fascista que as sociedades podem enfrentar.

Assim sendo, “Os Filhos do Homem” pode ser facilmente separado em duas partes distintas. Uma, inteligente e bem construída, que nos situa psicológica e socialmente no quadro vivido por Theo (um fantástico Clive Owen, do qual falaremos adiante), em que os “miolos” se sobrepõem aos “tomates”. Finalmente, uma segunda metade, que apesar de conservar na estrutura alguns momentos extremamente humanos e tocantes, mais parece ter roubado a maioria das sequências a um qualquer “Missão Impossível” ou “007”.

E a premissa pede muito mais cabeça e menos disparos e correrias. “V for Vendetta”, que também retrata uma sociedade dominada por um regime tirano, e à partida uma obra muito mais propensa para se virar para a acção desenfreada, é claramente mais equilibrado e moralista do que este “Os Filhos do Homem”. E a tal não era obrigado, como acontece no caso de “Children of Men”, que acarreta consigo uma responsabilidade social elevada.

Mas não se pense que “Children of Men” é pura perda de tempo. Muito pelo contrário, pois são vários os atributos desta obra sobre a morte, a ciência, o futuro, o racismo e o amor. A começar pelo trabalho técnico de Cuarón, com algumas sequências contínuas de longa duração capazes de cortar a respiração. Depois temos um cada vez mais soberbo Clive Owen, que agarra o espectador ao ecrã e transpira sentimentos em forma bruta. Por fim, uma premissa, que por mais mal explorada que fosse, acabaria sempre por ser um produto de interesse. Alguns de vocês podem estar admirados em não referir Julianne Moore ou Michael Caine, os dois outros nomes que ressaltam no cartaz, mas a presença destes não passa de pura estratégia de Marketing. A sua influência no desenrolar da história é alta, mas a sua presença residual.

Em suma, “Children of Men” não passa de um filme competente, que se entrega demasiado cedo ao desfecho frenético, mas previsível. Ao criar altas expectativas com os primeiros 30/40 minutos, sobe a um patamar de elevada responsabilidade que não sabe manter. Cuarón, numa espécie de alquimista fracassado, transforma todo o “ouro” que possui, em “metal” sem valor moral, apenas emocional. Além disso, Cuarón esqueceu-se de contar variados pormenores ao espectador, que acaba por ficar intrigado e chateado com a transformação trágica de “Os Filhos do Homem” de obra de culto científica e dramática para “thriller” de acção. O resultado final é aceitável, mas não memorável. Porque quanto maior é a subida...

quinta-feira, outubro 26, 2006

Grandes Portugueses... ou Tristes Portugueses?

Depois de um debate de quase quatro horas na RTP1 sobre o mais recente fenómeno social "Os Grandes Portugueses", - que a certa altura parecia uma conferência sobre o Estado Novo - chego a uma rápida e quente conclusão: somos um país de gente triste, com fado e sina acizentada. Tudo é problema. Tudo é confusão. Tudo gera conflitos.

Se o nome de Salazar não aparece, fala-se de censura. Quando aparece, fala-se de critérios duvidosos. Se o "vencedor" acabar por ser um desportista ou um fascista, fala-se de consequências gravosas para a sociedade portuguesa. E por aí adiante. Lúdico ou não lúdico, estamos constantemente a dar importância extrema ao que não merece, e, pior ainda, a nós próprios, tristes portugueses.

Mesmo assim, salvaram-se duas personalidades desta angustiante mágoa. O "clássico" historiador José Hermano Saraiva, sem medo de "tocar na ferida" e ser criticado, naturalmente, por todos os presentes, e o anti-triste Ricardo Araújo Pereira, que sempre de forma irónica, mas curta e clara colocava os pontos nos i's. Porque a História de Portugal é feita de dramas, e RAP pisa os calos aos mesmos, o meu voto vai para ele. Estou farto de tristezas e aborrecimentos.

terça-feira, outubro 24, 2006

Duas fresquinhas...

A primeira é para avisar a malta que foi divulgado à bocadinho num site exclusivo da FOX, o trailer oficial da sexta temporada de 24, que estreia em Janeiro no canal previamente mencionado. E não, não falta a típica barba e cabelo comprido de início de época. Mas também não faltam razões para novo vício. Avé Jack Bauer!

A segunda, é que, após prolongada investigação, cheguei à conclusão que o autor do blogue que acusa Miguel Sousa Tavares de plágio, e que anda nas bocas do mundo, é, nada mais nada menos do que... Scolari!

Se tivesse sido assim... (III)

segunda-feira, outubro 23, 2006

É já na próxima Quinta-Feira...



"There's so much to enjoy about this film that we don't want it to end. It's a feast for the eye and the mind. It's packed with harrowing story twists and shocking revelations that provoke us to really think about the issues involved (you'll never consider the sound of an incessantly crying baby quite the same again). And all of this combines into a film that's about as satisfyingly entertaining as movies get." in FilmFocus.co.uk

"In short, this is a gripping, thought-provoking and thoroughly entertaining thriller. Recommended." in ViewLondon.co.uk

"The violence in the film really shocks the senses, most likely a result of Cuaron's sparingness of such a feature, but when it happens, the sense of realism will, refreshingly, remind you of what violence really is, as opposed to the desensitising, cartoonish bloodletting we are so accustomed to on these pages." in EatMyBrains.com

"The mise en scene is always excellent, and the tension never lets up. Alfonso Cuarón gives it all he's got." in UrbanCinefile.com.au

domingo, outubro 22, 2006

Pena de Morte

"Mesmo sendo uma pessoa cujo marido e sogra foram assassinados, sou firme e decididamente contra a pena de morte. Um mal não se repara com outro mal, cometido em represália. A justiça em nada progride tirando a vida de um ser humano. O assassinato legalizado não contribui para o reforço dos valores morais."

Coretta Scott King, viúva de Martin Luther King.

Ando a organizar um dossier universitário sobre a polémica "Pena de Morte". Qual a vossa posição e opinião sobre o tema? Quem sabe de filmes sobre o assunto, além de "The Life of David Gale" e "Dead Man Walking"?

sábado, outubro 21, 2006

Passatempo: Edição 4 de 20 - Encerrado!

Cinema - Grau B (2 pontos)

A que filme norte-americano dos anos 90 pertence o seguinte diálogo: "Tu raptaste-me com um chocolate?"
Resposta: The Chase ; Vencedor: Brain-Mixer

Televisão - Grau A (3 pontos)

De que cor é a casa da personagem Lynette Scavo, na série televisiva "Desperate Housewives"?
Resposta: Verde ; Vencedora: Wasted Blues

Photoguess - Grau C (1 ponto)


Que actor está escondido nesta imagem?
Resposta: Terry O'Quinn ; Vencedora: Wasted Blues


Em caso de dúvidas, consulte o regulamento e estrutura do passatempo. Não é obrigatório responder às três categorias. Cada participante pode apenas dar uma resposta por categoria e não ir tentando exaustivamente até acertar. Pode é responder a uma categoria num determinado momento e a outra categoria, mais tarde.

Se possível, deixem a vossa resposta com o seguinte formato:
Cinema - Resposta
Televisão - Resposta
Photoguess - Resposta
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sexta-feira, outubro 20, 2006

The Guardian (2006)

De Andrew Davis (“The Fugitive”, “Collateral Damage” ou mesmo “Under Siege”), “The Guardian” é uma decente obra de honra e coragem sobre a história de todos aqueles que arriscam a sua vida quotidianamente para salvar a de outros. Claramente inferior aos três trabalhos anteriormente referidos, “O Guardião”, não deixa, mesmo assim, de satisfazer o cinéfilo menos exigente, aquele que entra na sala de cinema com poucas expectativas e à espera de um argumento pouco surpreendente.

Depois de perder a sua tripulação numa missão de salvamento, o lendário Ben Randall (Kevin Costner), é enviado para treinar o novo grupo de elite da guarda costeira. Perturbado com a perda dos membros da sua tripulação, Randall dedica-se exclusivamente ao programa, virando-o de cabeça para baixo com os seus métodos pouco ortodoxos e convencionais. Fischer, o seu mais dotado aluno, será o primeiro a verdadeiramente entender o lema de Randall: “Para que outros vivam!”.

Reciclando “clichés”, “The Guardian” peca pelo argumento pouco trabalhado, que transforma o seu forte final, num desfecho previsível, apesar de satisfatório. Com interpretações q.b de Costner e Kutcher, “O Guardião” conta com alguns momentos deliciosos, bem como com alguns diálogos valiosos, que conseguem disfarçar o já escondido objectivo principal do filme: mudar a opinião do público sobre Costner e Kutcher. O primeiro porque ninguém se esqueceu do flop que foi “Waterworld” e da sua teimosia em entrar em filmes de “amor-próprio”. Kutcher, por sua vez, é sinómino de rebeldia e espiríto MTV. Em “O Guardião”, tenta passar a imagem de homem maduro, responsável e de actor versátil. Se funcionou? O futuro o dirá.

A verdade é que “The Guardian” é melhor do que se estava à espera. Não porque o seu argumento não seja banal, ou a sua duração excessiva, mas porque na cadeira de realizador esteve um homem experiente, e que dificilmente falha na árdua tarefa que é a de requintar as suas obras com objectividade. Com mestria, recicla cada momento esperado pelo espectador de uma forma leve, aplicando uma estrutura circular, em que o fim explica e permite o início, e impondo a “O Guardião” uma moral quase mitológica. Insuficiente para ser relembrado no futuro, mas suficiente para justificar o preço do bilhete.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Numb3rs na TVI

A TVI decidiu, contrariamente ao que estava inicialmente previsto, transmitir duma só vez o penúltimo e último episódios da série hospitalar «House», protagonizada por Hugh Laurie. O lugar deixado vago não vai, no entanto, ficar por preencher durante muito tempo. Sai uma série estrangeira, estreia uma outra. Directamente da norte-americana CBS virá «Núm3ros», segundo fonte oficial da TVI.

«Núm3ros» («Numb3rs», no original), conta-nos a história de um agente do FBI (Rob Morrow) que recruta o seu irmão (David Krumholtz), um génio da matemática, para ajudá-lo a resolver uma série de enigmáticos crimes na cidade de Los Angeles.

Estreia esta quinta-feira, dia 19 de Outubro.

Fonte: Jornal de Notícias

terça-feira, outubro 17, 2006

Rankings CN: Moçoilas Sensualmente Ziguezagueantes da TV

Caros leitores, julgo que o título é suficientemente forte para ser necessária qualquer introdução. Assim, deixo-vos em paz com as cinco caras femininas mais promissoras da ficção televisiva norte-americana:

Quinto Lugar - Alexis Bledel (Rory Gilmore em Gilmore Girls)


Quarto Lugar - Evangeline Lilly (Kate Austen em Lost)


Terceiro Lugar - Katherine Heigl (Izzie Stevens em Grey's Anatomy)


Segundo Lugar - Misha Barton (Marissa Cooper em The O.C)


Primeiro Lugar - Jennifer Morrison (Allison Cameron em House M.D)

Annie Hall ou Manhattan?

O versátil Take a Break colocou duas das maiores obras de Woody Allen em confronto directo. Uma ideia extremamente interessante que espero que se repita. Passem por lá e deixem a vossa opinião.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Citação da Semana (V)

"Não é bonita, e nem sequer a acho atraente. Brad (Pitt) é um homem inteligente por evitar a questão casamento."

Donald Trump, multi-milionário norte-americano sobre Angelina Jolie, em entrevista na CNN a Larry King.

Passatempo: Edição 3 de 20 - Encerrado


Cinema - Grau B (2 pontos)

A que filme pertence o seguinte diálogo:
"Mas como é que é possível? Este gajo leva mais mulheres para a cama morto do que eu vivo."
Vencedora: Wasted Blues ; Resposta: Weekend at Bernie's

Televisão - Grau A (3 pontos)

Que filme de 1970 originou uma série televisiva com o mesmo nome alguns anos depois?
Vencedora: Wasted Blues ; Resposta: M.A.S.H

Photoguess - Grau C (1 ponto)

A que actor norte-americano pertence este olhar?
Vencedor: P.R ; Resposta: Kiefer Sutherland


Em caso de dúvidas, consulte o regulamento e estrutura do passatempo. Não é obrigatório responder às três categorias. Cada participante pode apenas dar uma resposta por categoria e não ir tentando exaustivamente até acertar. Pode é responder a uma categoria num determinado momento e a outra categoria, mais tarde.

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Cinema - Resposta
Televisão - Resposta
Photoguess - Resposta

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sexta-feira, outubro 13, 2006

Little Miss Sunshine (2006)

Finalmente um filme totalmente dominado pelo seu argumento. E de que fala “Little Miss Sunshine”? O filme retrata a importância da família, mas apresenta-nos uma família disfuncional. Fala-nos do sonho americano mas apresenta-nos a um conjunto de falhados. Acompanha uma viagem pela América mas dentro de uma carrinha Volkswagen que só pega de empurrão. É um filme sobe férias em família mas onde existem apenas sonhos esmagados e corações partidos.

Com um elenco assustadoramente eficaz, da personagem mais nova, Olive ( a prometedora Abigail Breslin) - pequena mas com grandes sonhos e elo de ligação entre toda a família - ao velho resmungão e drogado Edwin (Alan Arkin), todos se entrelaçam com uma extravagante e apeladora quimíca. Steve Carrell é um autêntico pequeno génio da comédia intíma e inteligente, Kineear cumpre o papel do costume, Dano é eficiente enquanto existencialista mudo e competente enquanto jovem problemático e Collette uma boa surpresa. No que concerne à realização da dupla estreante Dayton/Faris, podemos afirmar que não comprometem o belissímo guião de “Little Miss Sunshine”. Seguem à regra o “livro” de instruções e deixam a “simplicidade complexa” do argumento triunfar. Assim sendo, julgo que o mais justo é mesmo mencionar o nome de Michael Arndt, argumentista de “Uma Família à Beira de um Ataque de Nervos”.

Numa reinvenção do género familiar, perto do fim somos totalmente arrebatados para uma das mais célebres conclusões cómicas dos últimos anos. Pessoalmente, ri que nem uma criança devido a momentos totalmente inesperados, quando estamos completamente inclinados para o típico “happy ending” em que tudo corre bem e a personagem brilha acima de qualquer outra. Uma pérola brilhante e singular, no meio de tanto lixo cómico com que temos sido bombardeados nos últimos anos. Obrigado pequena Olive.

Não querendo ser moralista, este “Uma Família à Beira de um Ataque de Nervos” é um filme sobre a importância, a função e o valor da família. Um filme que observa uma família excêntrica e aparentemente improvável, mas que revela ter muito de normal. Integrados na cultura americana do sucesso, sofrendo a pressão do seus próprios insucessos, os Hoover vivem à beira da implosão como família, chocam, discutem, detestam-se, mas acabam por encontrar uns nos outros, o apoio para lidar com a incerteza da vida. Um filme que oscila céleramente entre a comédia e o drama, entre o riso e as lágrimas. Espero, honestamente, que seja laureado com um Óscar.

quinta-feira, outubro 12, 2006

Slither (2006)

A adormecida cidade de Wheelsy poderia ser qualquer pequena cidade Americana - gentil, pacata e com cidadãos amigáveis que vivem harmoniosamente. No entanto, por trás deste charme superficial, um mal terrível e sem nome acabou de chegar e está a crescer. Ninguém parece reparar que os postes telefónicos estão repletos de anúncios de animais domésticos desaparecidos ou que um dos indivíduos mais ricos da cidade, Grant Grant (Rooker), começa a agir de forma muito estranha. Mas quando os animais das quintas aparecem horrivelmente mutilados e uma jovem rapariga é dada como desaparecida, o xerife Bill Pardy (Fillion) e a sua equipa, ajudada por Starla (Banks), esposa de Grant, descobre a força oculta que domina a cidade e ficam cara-a-cara com um organismo mais velho do que o tempo e cuja sua única intenção é absorver e devorar toda a vida na Terra. Basicamente, esta sinopse retirada do PTGate conta-vos tudo o que precisam de saber sobre “Slither”. E talvez o melhor, caso não sejam apreciadores do “zombiezadas”, é mesmo ficarem por aí.

Esta comédia de horror sobre lesmas extraterrestres feita “por” amantes do gore “para” amantes do gore, é o típico filme que dificilmente agradará a todos. Uns, mais ortodoxos e apreciadores de Romero irão classificá-lo como filme da temporada. Outros, certamente irão ficar angustiados com o tremendo mau gosto e irrealidade do argumento. No entanto, e como aconteceu comigo, é bem possível ficar a meio caminho dos dois extremos. Se normalmente desprezo o género “zombie” do meu portfolio gustativo, em “Slither” somos aniquilados com um estranho “humor” auto-destrutivo, ao qual é impossível resistir. A não ser que fiquemos logo pelo caminho com os primeiros vinte minutos, claramente mal estruturados e pensados. Daí em diante, é uma estupidez visual facilmente suportável.

E o que é este humor auto-destrutivo? Nada mais do que, ao mudar de plano, darmos ingénuamente conta que uma camisola branca anteriormente machada de sangue de uma ponta a outra, passou, repentinamente, por um truque de magia digno da “Neoblanc”. Ou que, em processo de pânico, assistindo à devoração e transformação em zombies de toda a familia, as personagens lembrem-se de mandar um ou outro “comic relief”. Ou posso mesmo referir-vos a minha predilecta: uma das personagens, começa a ser atacada pelas lesmas e sai da banheira completamente nua. Ao abrir a porta da casa-de-banho, puff... aparece num novo plano toda vestida. Dificilmente tais “buracos” podem ser despropositados. E assim sendo, são irónicos. Tal como alguns diálogos. Ponto final nos aspectos positivos.

James Gunn filma “Slither” em largos momentos como se estivesse a trabalhar com meios dos anos 70/80. Se tal estratégia poderia ter funcionado num filme exclusivamente humano, com extra-terrestres e transformações doentias, tal não funcionou. Comédias de horror não são fáceis de fazer, e dificilmente se consegue não chegar mais perto de nenhum dos géneros envolvidos. E Gunn não consegue, pois “Slither” é claramente mais cómico do que assustador.

quarta-feira, outubro 11, 2006

Boa ideia...

Parece que a Universal vai colocar nos clubes de vídeo as "suas" séries televisivas para aluguer. "Miami Vice" deverá ser a primeira. Eu aprovo!

terça-feira, outubro 10, 2006

E ao fim de dois anos...

  • Vejo José Vieira Mendes, director da Premiere lançar uma classificação de cinco estrelas (é capaz de ter mandado mais algumas, mas não me lembro) e logo a... "Snakes on a Plane". E esta hein?
  • Continuo completamente boquiaberto e com uma admiração imensa pela Helena, que "papa filmes" ao pequeno almoço, lanche e jantar, sem interrupções e sem limites temporais. Um verdadeiro exemplo de dedicação e escrita cuidada e aprofundada. Obrigado Helena pelo teu Play it Again.
  • O Gonn1000, como o CN, faz dois anos de vida e continua desde a sua estreia a depor quotidianamente e com muita, muita qualidade, cultura a rodos. Parabéns e obrigado Gonçalo.
  • Confirma-se a minha aposta no blogue do Francisco Mendes desde a sua estreia na blogosfera. Foi o nosso primeiro Blogue da Semana. Provavelmente, e se algum dia acontecer, será também ele a fechar o ciclo. És grande Katateh!
  • Estas menções que faço aqui são algo injustas. É impossível não esquecer alguém que merecia simpáticas e semelhantes palavras. Do ferrenho tripeiro Coutinho, ao Edgar Ascensão, e passando por tantos outros como o Dermot, o velhinho e carismático xunga Pedro, ao P.R ou ao Mário Lopes, é certo que muitos outros ficarão por constatar. A todos eles as minhas desculpas, mas acima de tudo o meu obrigado pelas inúmeras visitas e comentários.
  • O Benfica continua sem ser campeão europeu. Eu espero!
  • O ex-árbitro Isidoro Rodrigues lança, finalmente, o seu single de estreia. Uma pérola...
  • Ainda não saiu uma revista cinematográfica que reformule o mercado nacional e mande um abanão na pasmaceira de ideias que tem sido a Premiere.
  • O José Peseiro ainda não veio treinar o Glorioso. Querem apostar que não falta muito?
  • A Sra.Clinton ainda não é Presidente dos Estados Unidos.
  • O Cinema Notebook já ultrapassa as 60 visitas únicas diárias. Obrigado!

segunda-feira, outubro 09, 2006

Obrigado!

domingo, outubro 08, 2006

Um fenómeno extra-televisivo!

Marco Materazzi continua a alimentar a «novela» em torno da agressão de que foi vítima por parte de Zidane, na final do Mundial-2006, após provocar o francês com palavras menos próprias. Assim, e depois de já ter gravado um anúncio alusivo ao incidente, o italiano prepara-se para lançar um livro.

De acordo com notícias que circulam em Itália, o livro terá como título «O que eu realmente disse a Zidane», sendo que Materazzi proporá 249 frases que poderia ter dito ao francês, incluindo a que de facto provocou a reacção intempestiva do médio.«Zidane, o que estás a fazer? Ainda não perdeste e já arrancaste o cabelo todo»; «Desde que Foucault morreu a filosofia francesa ficou muito aborrecida»; «Eu depois digo-te como acabou a série “Lost”». São apenas algumas das frases que o internacional italiano escolheu para colocar no livro, que custará dez euros e cujos direitos de autor reverterão na totalidade para a UNICEF.Para além do livro, Materazzi protagonizou ainda um anúncio televisivo, no qual é visto durante um treino a parar com o peito um jogador de futebol americano, uma viga de aço e até um camião.


Fonte: Abola.pt

sábado, outubro 07, 2006

Grey's Anatomy - Primeira Temporada

Qualificada por muitos como uma combinação dos melhores ingredientes de “ER- Serviço de Urgência” e “Sexo e a Cidade”, “Anatomia de Grey” é, sem margem para dúvidas, um dos marcos actuais da televisão norte-americana. Mas ao oposto de “ER”, o hospital em “Grey’s Anatomy” não passa de um meio para atingir um fim: o desenvolvimento dramático cómico da teia de relações que se estabelece entre médicos, estagiários, pacientes e amigos. Também em oposição a “Sex and the City”, “Anatomia de Grey” conta com incidentes, sonhos e frustrações masculinas, como tão bem prova a divertidíssima personagem de T.R. Knight, George O’Malley, o típico rapaz simpático, ao qual, ao contrário do que este desejava, as raparigas o tomam como um “irmão”.

Com um primeiro ano “curto” (apenas nove episódios), “Anatomia de Grey” explora nesta temporada de estreia a vida de um grupo de novos médicos internos do Hospital de Seattle (entre eles a famosa Meredith Grey, filha de uma lenda da medicina norte-americana). De “paixonetas” por médicos residentes, a conflitos internos e problemas familiares, a “Grey’s Anatomy” nada falta. E tudo polvilhado com um sensível e requintado sentido de humor.

Em cada episódio são tratados vários pacientes, quase numa estrutura de “um por caloiro”, mas em que todos eles, sem excepção, apenas servem para desenvolver o enredo principal relacional com algum tipo de moralidade ou conclusão. Longe do estilo da melhor série médica do momento, “House M.D”, “Anatomia de Grey” é, mesmo assim, refrescante. Refrescante porque cada episódio tem princípio, meio, fim, moral e objectivo. É uma verdadeira delícia assistir à evolução dos sentimentos de cada uma das personagens para com as outras consoante o passar das experiências clínicas.

Anatomia de Grey” é, em conclusão, uma série inteligente e divertida sobre a vida de um grupo de jovens que lutam para ser médicos e de médicos que lutam para continuarem a ser humanos. E rezam as críticas que a segunda temporada é infinitamente superior a esta primeira. A descortinar, em breve. A ser verdade, será absolutamente fenomenal. Pois é meus amigos, a medicina é que está a dar… as audiências que o digam!

quinta-feira, outubro 05, 2006

Deliciosos...

... os cinco primeiros minutos da nova temporada de "Lost - Perdidos" que estreou ontem na televisão norte-americana. Os restantes não os vi nem os quero ver tão cedo. Guardo-os lá para Maio!

P.S: Ainda está por adivinhar o Photoguess de ontem. Arrisquem, não é preciso pagar. Começa por B...

quarta-feira, outubro 04, 2006

Passatempo: Edição 2 de 20 - Encerrado


Cinema - Grau A (3 pontos)

Em "The Guns of Navarone", que actor interpretava uma personagem perita em explosivos?
Resposta: David Niven ; Vencedor: Nothingman

Televisão - Grau C (1 ponto)

Na série televisiva "Baywatch", que actriz personalizava a personagem de nome "Jessie Owens"?
Resposta: Brooke Burns ; Vencedor: Nothingman

Photoguess - Grau B (2 pontos)

A que actor norte-americano pertence este olhar?
Resposta: Bruce Willis ; Vencedor: X



Em caso de dúvidas, consulte o regulamento e estrutura do passatempo. Não é obrigatório responder às três categorias. Cada participante pode apenas dar uma resposta por categoria e não ir tentando exaustivamente até acertar. Pode é responder a uma categoria num determinado momento e a outra categoria, mais tarde.
Se possível, deixem a vossa resposta com o seguinte formato:
Cinema - Resposta
Televisão - Resposta
Photoguess - Resposta
Necessita de estar registado no blogger e pontua em cada categoria quem responder primeiro correctamente, mesmo que as respostas às outras categorias estejam incorrectas.

terça-feira, outubro 03, 2006

Mitos (ainda...) Vivos (V)

Embora já ninguém os veja em lado nenhum...

Louise Fletcher, mitificada como Nurse Mildred em "One Flew Over the Cuckoo's Nest"

segunda-feira, outubro 02, 2006

Um ano de Cine-Asia!

Os nossos parabéns ao Sérgio Lopes pelo primeiro aniversário do seu Cine-Asia. Que continue por muitos mais anos.

Desafio Cinematográfico Visual

Se tiverem tempo, tentem resolver o desafio cinematográfico da M&M's. Como é extremamente difícil e apenas recomendado a fanáticos, aqui ficam as soluções. Dos cinquenta filmes presentes, só associei três. Depois de dar uma vista de olhos pelas soluções, fiquei fascinado pela inteligência do enigma. Brilhante!

domingo, outubro 01, 2006

Snakes on a Plane (2006)

Certos filmes contêm no seu título toda uma sinopse. Outros conseguem, ainda, descrever todas as suas ambições com uma simples frase. “Snakes on a Plane” é o exemplo perfeito. Ao aceitar sugestões de planeamento, argumento e construção de diálogo de cibernautas de todo o mundo, “SoaP” revolucionou o cinema e originou um verdadeiro fenómeno de culto e divulgação por todo o planeta. Não, não é exagero. Para terem noção, no Google nenhum filme origina tantos resultados como “SoaP”.

Para analisar “Serpentes a Bordo”, temos que ter uma noção básica de que o filme pretende ser uma obra de dedicação ao denominado “mau cinema” de série B, e que, as suas pretensões nunca foram sérias. É puro divertimento sadomasoquista, a cem à hora e com meia dúzia de momentos de culto imediato. Para muita pena minha, a crítica especializada nacional não percebeu isso e começou a distribuir “notas zero” a torto e a direito. Paciência. Felizmente ainda existe muita gente que aprecia cinema de segunda categoria. A prova disso é a elevadíssima nota que “SoaP” consegue em sites de votação pública, como por exemplo, o IMDb.com.

Recheado de clichés, momentos cómico-trágicos notáveis e diálogos à “bad-ass nigga motherfucker”, “SoaP” é tão despreocupado e hormonal que acaba por ser relaxante e não, como seria de esperar ao juntar duas das mais temidas fobias humanas, sufocante. Sim, também é verdade que “Serpentes a Bordo” sobreviveu e cresceu devido a todo o “hype” que originou. Mas, para ser honesto, de todos os filmes desenrolados em aviões nos últimos anos (“Flightplan”, “Red Eye”, “Flight 93” e “United 93”), nenhum superou e agradou tanto as minhas expectativas como este “SoaP”. Porque o “mau” cinema consegue, muitas vezes, ser igual ou melhor do que o “bom” cinema.

Como já li na Internet, “Snakes on a Plane” pretende ser o melhor “pior filme de sempre”. Provavelmente não o conseguiu (ainda me falta ver muito “mau” cinema), mas resultou em pleno a ideia. Ao contrário de tantos outros que pretendem ser bons mas acabam por ser patéticos, “SoaP” é, propositadamente, descabido de realidade e descomunalmente bem disposto de uma ponta à outra. Nunca pretende enganar o espectador e acaba por ser eficaz. Provavelmente serei o primeiro em terras lusas a “oferecer-lhe” um rótulo escrito de quatro estrelas. Eu sei que devia ter vergonha e manter a já pouca pseudo-intelectualidade que alguns ainda julgam na minha pessoa, mas não consigo resistir. Serei “cool”? Não, sou apenas banal! “Shame on me… shame on me!”