![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmcVJRsjsdNVekSDLcDwu8b2xvqvs6_T2kqnBQRiHJF8QjauzWew1uz7pNcy0q8hinuE4olU1Iu0pLUwt8NXWvfBLGBnLgp450nrxHUDIyY8B3bhEzrZyati8qv-h4k2k0zYbc/s200/A70-302.jpg)
Com um elenco jovem, em "Estamos Vivos" tudo parece demasiado artificial. Das emoções aos conflitos, existem certas histórias que dificilmente conseguem ser transpostas na sua essência para a tela de cinema. As interpretações chegam a ser angustiantes e só Ethan Hawke e Josh Hamilton dão um ar da sua graça, expondo para o espectador o capital humano das suas personagens, num filme que devia ter sido, devido ao forte relato que lhe serve de base, bem mais intenso do que acabou por ser. Além disto, é inadmissível que ao fim de cinquenta, setenta e oitenta dias, as personagens aparentem a mesma forma fisíca, os mesmos atributos atitudinais e a barba impecável.
Ditosamente, o filme explora de forma eficaz algumas questões morais, levantando no espectador aquele sentimento de "Se fosse eu, seria capaz?". No entanto, uma história tão poderosa merecia uma adaptação mais meticulosa, e não feita em cima do joelho. O realizador Frank Marshall ("Congo" e "Arachophobia") explora bem a arrepiantemente bela paisagem branca mas fracassa totalmente no plano afectivo e cognitivo dos seus constituintes. Uma certeza fica: todos os sobreviventes passaram a preferir o comboio ao avião.
Sem comentários:
Enviar um comentário