sexta-feira, agosto 03, 2007

Papillon (1973)

Papillon é a alcunha de Henri Charriére (Steve McQueen), um homem que é condenado por um homicídio que jura não ter cometido. Enclausurado na Ilha do Diabo, onde a floresta escura e o oceano tornam impossível qualquer tentativa de fuga e onde os prisioneiros pagam pelos seus crimes através de tratamentos degradantes e brutais, Papillon acaba por se tornar um exemplo de coragem, disciplina e determinação, ao confrontar todos os limites e desafios, e ao provar que um espírito absolutamente livre pode quebrar qualquer sistema desumano e cruel.

Realizado por Franklin Schaffner, o mesmo dos eternizados “Planet of the Apes” e “Patton”, e baseado na obra literária biográfica de Henri Charriére, famoso por ter sido o único a conseguir escapar do encarceramento na Guiana Francesa – e que, curiosamente, depois de anos e anos de martírio, acabou por morrer de cancro no ano da estreia do filme – “Papillon” é, ainda hoje, um filme actual, o que comprova o seu rótulo de “clássico” e, muito provavelmente, o melhor desempenho de Steve McQueen na sua recheada carreira. McQueen que, diga-se de passagem, é ele próprio um espelho de rebeldia e pertinácia, e que é alvo em “Papillon” de um fantástico trabalho de maquilhagem.

Com uma Banda Sonora que foi premiada pela Academia, dois monstros do cinema (além de McQueen, Dustin Hoffman arranca uma extraordinária prestação), “Papillon” é uma lição memorável e extravagante sobre a robustez e a energia do instinto de sobrevivência humano em condições extremamente adversas. Filmado em locais de beleza indiscutível e alternando momentos dramáticos com ápices do mais requintado humor possível em fugas de prisão, é a transposição para a sétima arte de um dos livros mais vendidos em todo o mundo sobre uma incansável luta pela liberdade. Porque mais vale tarde que nunca!

13 comentários:

Luís A. disse...

um filme inesquecivel, que por acaso esta no meu monte de dvds para rever nas ferias. abraço

Carlos M. Reis disse...

:) Um forte abraço caro Luís!

Anónimo disse...

Papillon é o meu livro de eleição.
vi o filme por causa do livro, mas que grande filme. *

Cataclismo Cerebral disse...

É um filmaço de se lhe tirar o chapéu. Muito boa escolha, sim senhor :)

Abraço

Carlos M. Reis disse...

Tive à procura hoje do livro e não o encontrei. Trouxe outros dois, e, portanto, tão cedo não o tentarei comprar. Fica lá para Setembro/Outubro. Cumprimentos Teikoo!

Cataclismo, nem mais! Um forte abraço!

Anónimo disse...

Um dos filmes da minha vida e concordo plenamente ao dizeres que foi a melhor interpretação de Steve McQueen. É pena que os canais portugueses não passem clássicos como Pappilon, em vez disso vemos vezes sem conta os meso filmes de sempre, ( Doidos por Mary, Flinstones, XXX, Velocidade Furiosa e muitos mais)

Carlos M. Reis disse...

A verdade é triste e dura, mas é esta: Será que Papillon teria mais audiência que a trigésima repetição de Doidos por Mary ou Velocidade Furiosa? Não...

É a triste sina de todos nós, não só em Portugal, como em qualquer outro lado.

Cumprimentos!

Anónimo disse...

Concordo que não teria as mesmas audiências mas para isso é que temos a RTP2, um canal mais virado para a programação cultural, onde penso que filmes como Pappilon se inseriam na perfeição. Às vezes penso que existe mais preguiça da parte dos responsáveis pela televisão pública que outra coisa. Mas isso é lá com eles. abraço

Carlos M. Reis disse...

Indeed ;) Cumprimentos!

André disse...

Grande filme! Já à alguns anos li o livro e a sua continuação (se bem me recordo) "Banco, Henri Charriere". Pelo menos é o nome que penso ler assim de repente a olhar ali pá estante ao fundo ;) Já não me recordo bem da história mas agora fiquei com vontade de rever o filme.

Por agora tempo não falta...

Carlos M. Reis disse...

Por acaso, tempo para ver filmes agora no Verão é o que menos tenho. O que, diga-se de passagem, é uma grande treta!

Um abraço André!

Rato disse...

Apesar de contar com dois dos meus actores favoritos de sempre, este filme não merece de todo as 5 estrelas aqui atribuídas. É sem dúvida um bom filme mas acreditem que o livro é muito mais excitante na descrição da luta do Charrière pela liberdade.

O Rato Cinéfilo

Carlos M. Reis disse...

A ver se o compro este natal. Cumprimentos Rato ;)

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