10 Blogues, 5 Filmes, 1 Realizador - Setembro de 2007

E para vocês, meus caros visitantes, qual o melhor filme de Luc Besson? E qual o melhor filme que viram no cinema em Setembro?

Problemas na Canalização...

Rankings CN: Rodas Mortíferas

Foram centenas de viaturas que durante décadas e décadas de cinema aterrorisaram inocentes e vilões. Do monstruoso camião de Terminator, ao estiloso Ford de Stallone, perdão, Cobretti, muitos ficaram de fora deste top. Só havia lugar para cinco e a subjectividade imperou nos critérios deste humilde, quase nabo por certificado, apreciador de veículos de quatro rodas. Confesso que não sei distinguir um Opel de um Renault à distância e que nem faço ideia da cilindrada nem da cavalagem - é assim que se diz?!? - do mais comum dos carros da nossa praça. Por isso, foi preciso uma pesquisa aprofundada para descobrir sequer os nomes dos cinco premiados deste ranking. Tudo para recordar bons momentos de cinefilia, onde a Máquina e o Homem aliaram e fizeram furor e, por vezes, terror numa estrada perto de si.

Quinto Lugar: Aston Martin DB5, numa das adaptações para o cinema das obras de Ian Fleming, neste caso "Goldfinger". 282 cavalos, 4.0cc, e 8.1 segundos dos 0 aos 100. Apetece dizer: Martin, Aston Martin. Não houve Pussy... Galore que lhe escapasse!


Quarto Lugar: Chevy Nova de 1971, no recente "Death Proof", de Quentin Tarantino. Conduzido - no ecrã - por Kurt Russel, fica atrás do seu adversário directo porque afinal de contas - e atenção a quem não viu ainda o filme - acabou derrotado. Nem os seus 270 cavalos, e os 8.5 segundos dos 0 aos 100 lhe valeram.


Terceiro Lugar: Ford Mustang de 1972, o carro que marcou presença em "Vanishing Point" e, mais tarde, em "Death Proof". Os seus 375 cavalos, aliados a um motor V8, de 7.0cc limparam o rabinho a muitos homens de barba rija. Kurt Russel que o diga. E bastaram três gatas bravas para um show-off impressionante.


Segundo Lugar: Ford XB Falcon "Pursuit Special". Um "mad" Ford para um "Mad Max". Especialmente adaptado para o filme, numa versão única nunca mais vista, este Falcon de 200 cavalos e com um motor de 5.8cc só não deu cabo da Tina Turner, porque ela insistiu em ficar dentro de uma compartimento gigante e oval, de puro aço. De resto, não houve barbudo de dentes podres que resistisse.


Primeiro Lugar: Peterbilt 281, de 1955. Aquela carcaça enferrujada provocava pânico imediato mal aparecia no retrovisor. É verdade que o motor de 125 cavalos e 3.2cc é mais fraquinho que os restantes, ainda por cima tendo em conta a tara da viatura. Mas tendo em conta que o camião tem mais de meio século e que foi ele o grande e primeiro catalisador de carreira de Steven Spielberg, que o usou em "Duel", não poderia ficar noutro lugar que não o primeiro. E bastavam-lhe oito segundos para chegar aos cem!

Blogue da Semana (XXX)

Syriana (2005)

O petróleo movimenta rios de dinheiro. Dinheiro esse que estimula e instiga as mais variadas formas de corrupção entre todos os quadrantes do negócio. Dos políticos aos espiões, ninguém está imune. E quando num país do Golfo, um príncipe quer pôr termo às ligações privilegiadas com os Estados Unidos da América na venda de pretóleo, os interesses norte-americanos falam mais alto e Bob Barnes (Clooney), um agente do CIA à beira da reforma - como sempre - é chamado para uma última missão, que visa garantir o assassinato do chefe do principado.

Apesar da premissa interessante, mesmo que pouco original em termos de intriga conspiratória, e da realização pouco ortodoxa de Stephen Gaghan, o argumentista de "Traffic", quase todos os aspectos que tocam na relação com o espectador falham rotundamente em "Syriana". Se a fotografia deslumbrante parece indicar o contrário, a forma confusa e pouco convicente como a narrativa é filmada e tratada confirmam os receios iniciais que os primeiros minutos aparentam: uma obra que devia ter um impacto profundo de condenação da política norte-americana sobre o petróleo, acaba por ser tornar num desfile semi-monótono da câmara de Gaghan.

Faltou significado e faltou impacto à narrativa densa e, por vezes, confusa de Robert Baer, adaptada para o cinema por Gaghan. Mesmo os mais fanáticos do filme admitem que a ligação entre as diferentes histórias e personagens ficou longe da perfeição. No entanto, o complexo artístico da maioria defende que "talvez fosse esse o objectivo". A verdade, só o realizador óscarizado a saberá: terá sido um rasgo de lavor primoroso, ou incapacidade para ostentar uma melhor articulação?

A PDI não perdoa...

Segredos de Beleza: Zeta-Jones e Cindy Crawford

Nome: Catherine Zeta-Jones;
Elemento: Morangos;
Objectivo: Branquear os Dentes;
Explicação: A polpa e o sumo do morango possui ácido málico em quantidades consideráveis. Este ácido serve para polir, branquear e disfarçar manchas de tabaco nos dentes. A maçã e o ananás, apesar de menos eficazes, servem para o mesmo efeito.


Nome: Cindy Crawford;
Elemento: Leite;
Objectivo: Purificar a pele;
Explicação: Crawford mistura leite e água, em porções iguais, e espalha pela sua pele todos os dias. O Leite - rico em proteínas, vitaminas, amino-ácidos e minerais - proporciona uma solução extremamente hidratante, e a lactose, proteína do leite com qualidades que abrandam excitações nervosas, ajuda à absorção.

Próxima edição: Sandra Bullock e Halle Berry.

Quem manda o Homem de Ferro não ter atacadores?

The Condemned (2007)

Steve Austin, uma das carecas mais célebres e notórias dos ringues da WWE, é Jack Conrad, em mais uma obra cinematográfica da empresa de "entretenimento". Desta vez, a história relata um "reality show" ilegal e moralmente ambíguo que coloca dez condenados à pena de morte, em vários países do mundo, numa ilha deserta e onde só um poderá estar vivo ao fim de 30 horas. Caso contrário, todos explodem, graças a um aparelho que todos sem excepção possuem amarrado às suas pernas. E como se isso não bastasse, ainda ocorrem algumas manipulações por parte de Goldman (Rick Hoffman), que beneficiam alguns concorrentes com uns brindes afiadinhos. É matar ou morrer.

Numa mistura muito pouco homogénea entre vários estilos, onde o humor rapidamente desaparece, a independência moral instantâneamente é sabotada e a acção não tem limites viscerais, "The Condemned" acaba por ser uma versão americanizada - que é, como quem diz, com muito estilo e pouca substância - do nipónico "Battle Royale", mas onde os estudantes são substítuidos por assassinos impiedosos, desumanos e insensíveis. Muito longe da diversão aceitável a todos os níveis, onde a mensagem passou com êxito e a acção era bem filmada, de "The Running Man", uma das obras-chave da carreira de Schwarzenegger. Chega a causar pânico aos nossos olhos a tremideira e a velocidade impressionante com que a câmara de filmar rodopia pelas cenas de escaramuça.

De qualquer das formas, nem tudo é mau neste "Os Condenados". Mesmo tendo em conta que o filme acaba por ser uma defesa quase hipócrita aos constantes ataques recebidos pela WWE, de que esta promove a violência entre gerações mais novas, e de que o falso moralismo imputado na obra acaba por ser condenado por ela própria. Isto porque ficam para mais tarde recordar duas interpretações seguras e convicentes de dois nomes que certamente saltarão para a fama nos próximos anos: Robert Mammone, um soberbo dominador da crise de consciência que vivia, um vilão moderno como poucos; e a bela e formosa Tory Mussett, já "esculpida" como divindade feminina na saga "The Matrix" e que, nos momentos de silêncio, com o seu hipnótico olhar conseguiu transmitir alguma sinceridade. Dois nomes para estar atento.

Passatempo de Verão: Resultado Final e Vencedores

Chega ao fim mais um Passatempo CN. Depois de um Verão longo, repleto de farra e, por consequência, alguns atrasos, remato por fim esta gigantesca e trabalhosa competição entre alguns dos mais conceituados realizadores da história da Sétima Arte. Como prometido, o primeiro e o segundo classificado irão receber DVDs em sua casa, de uma lista à escolha, sendo que a Sofia receberá dois e o Ricardo um. No caso de algum deles não responder ao meu e-mail nos próximos 30 dias, o prémio passa para o concorrente seguinte na classificação final. A todos os vinte e poucos que participaram, e às dezenas de leitores que semanalmente votaram, o meu sincero e honesto obrigado.

Resultados da Final:
Steven Spielberg (33 Votos) 55%
Stanley Kubrick (27 Votos) 45%

Link para a Tabela Final.

Classificação Final (Cinco Primeiros Classificados):
1º Lugar - Sofia Jorge (32 Pontos)
2º Lugar - Ricardo Sousa (30)
3º Ligar - Filipe Rosa (27)
4º Lugar - Jotha21 (22)
5º Lugar - Brain-Mixer (21)

Aquecimento Global

Sabem mais do que um cinéfilo indolente como eu?

Recebi ontem um e-mail de um leitor, que pede a minha ajuda para descobrir o título de um certo filme. Como não faço ideia de que obra se trata, deixo essa tarefa para vocês. Aqui fica o essencial da carta do João Carlos:

" (...)
- o filme deve ser da década de 70, passa-se em alguma cidade oriental (tipo Xangai). Ou bairro, como Chinatown;
- o filme é de acção, suspense, comédia e também musical;
- a história passava por raptar pessoas / clientes de um determinado hotel;
- hotel esse que tinha uma recepcionista, vestida com trajes orientais, e que numa das cenas imobiliza um personagem (julgo ser a principal) com um dardo disparado com uma arma de sopro, tipo pauzinhos que serviam também para segurar o cabelo! Esse personagem estava dentro de um descapotável na rua em frente ao Hotel;
- Nesse hotel existia um elevador que só funcionava mediante uma dança / bater de pés dos ocupantes;
- as vitimas eram transportadas num vagão da roupa suja do hotel, que produzia um barulho, nas rodas, estranho e sinistro, sempre que se deslocava pelos corredores do referido hotel;
- as vitimas eram então transportadas para um bairro oriental onde me lembro de uma perseguição do tal descapotável (com as duas personagens principais, um casal) e uma viatura que trazia mais vítimas;

Estas são algumas das cenas que me recordo. Sei que a tarefa não é fácil, mas...

OBRIGADO (...)"

F de Francis, Forrest e Fox

Filme: Forrest Gump. “A minha mãe dizia sempre que a vida é como uma caixa de chocolates, nunca se sabe o que nos calha.” – este é o lema de vida de Forrest Gump, um dos personagens mais interessantes de um dos melhores filmes de sempre. Brilhantemente interpretado por Tom Hanks, valeu-lhe um Óscar de melhor actor principal apenas um ano depois de ter sido galardoado na mesma categoria por Philadelphia (1993, de Jonathan Demme). Foi um feito surpreendente que até agora ninguém mais conseguiu repetir. Outros Óscares foram atribuídos como melhor filme, melhor realizador e melhor argumento – o que foi bastante justo. [F]

Realizador: Francis Ford Coppola. Disse à família, depois de sonhar com uma "fábrica de sonhos" ao estilo da velha Hollywood (mas recheado com tecnologia): "Something incredible good is about to happen". Traduzindo, pegando na euforia de Francis Coppola por alturas de uma cerimónia de Óscares, em 1979: "Prevejo uma revolução nas comunicações, que tem a ver com filmes e com as artes e música e com a electrónica digital e satélites, mas acima de tudo que tem a ver com talento humano - e que vai fazer os mestres do cinema, de quem herdámos este negócio, acreditar em coisas que julgavam impossível". Mas Coppola também se via como personagem de tragédia, prova-o um memorando que enviou à sua companhia, a Zoetrope, na rodagem de "Apocalypse Now". "Diz-se que é tão difícil lidar com o sucesso do que com o fracasso, até talvez seja mais difícil. Eurípides, o dramaturgo grego, disse há milhares de anos: aqueles que Deus deseja destruir, primeiro dá-lhes sucesso...". [F]

Raparigona: Megan Fox. Namorada de Brian Austin Green (David na série Beverly Hills 90210) e uma das mulheres mais sexy do mundo segundo revistas norte-americanas como Maxim e FHM, Megan Fox (Memphis, 1986) chegou ao cinema após passagem pelo mundo das passarelas. Modelo desde os 13 anos, começou a sua triunfal carreira nessa idade ganhando vários prémios no American Modeling and Talent Convention in Hilton Head. [F]

Website: Pasmos Filtrados - http://pasmosfiltrados.blogspot.com/
Eu sei que é a enésima vez que aconselho o Pasmos Filtrados a todos os leitores deste humilde recanto, mas não me canso de visitar, ler e apreciar cada pequena obra-de-arte que o blogger mais simpático e afável da blogosfera nacional publica sobre cinema. Para o Francisco, as palavras são as muletas com que um coxo bate num são para mostrar que também a ele não faltam forças. Para nós, cinéfilos por paixão, ler o Katateh é uma fonte inesgotável de prazer.

Pensamento do Dia: “Saber ouvir quase é responder.” Pierre Marivaux.

Curiosidade do Dia: A noite no Pólo Norte dura 186 dias.

E o vencedor foi... o AXN!

Pela primeira vez na história da Televisão em Portugal, uma cerimónia internacional de entrega de prémios que não levou com vozes e comentários aberrantes por cima, a cortarem discursos com anotações completamente idiotas. Pela primeira vez, o espetáculo puro e duro, em forma bruta. Parabéns e Obrigado AXN. De resto, contente por Tony Bennett, maravilhado por Jeremy Piven, extasiado por James Spader, - que "só" deixou para trás Tony Soprano, Jack Bauer e Gregory House - e desapontado por William Shatner. Mas o grande vencedor da noite foi, sem dúvida alguma, o AXN. Porque é na simplicidade que está a genialidade.

Spider-Piss...

Quando Zoe conheceu Tarantino

FOX Crime e FX enriquecem TV Cabo

Com estreia oficial marcada para dia 26 de Setembro, a nova grelha da TV Cabo inclui dois novos canais que justificam finalmente o preço da adesão ao pacote Funtastic Life. Falo do FX (Canal 64) e da FOX Crime (63), que entram em testes já esta madrugada. Isto porque serão eles a porta de entrada em território nacional para uma mão cheia de séries que triunfaram indiscutivelmente nas suas estações de origem. De "Dexter", a "The Wire", "Arrested Development", "The Office", "Studio 60 on the Sunset Strip", "Deadwood" ou mesmo o regresso esperado por muitos de "The Pretender", a FX aposta em grande nesta estreia em terras lusas. Já a FOX Crime albergará, entre outras, "Traveler", "Boston Legal", "Crime, Disse Ela", "Veronica Mars" e a popular "24". Neste momento, e tendo em conta as inúmeras repetições diárias que certamente irão ser proporcionadas por cada estação, é caso para dizer que não há mais desculpas. Que festarola!

Blogue da Semana (XXIX)

Jon Stewart de volta aos Óscares!

Segundo o "The New York Times", Jon Stewart voltará a ser convidado para apresentar a cerimónia de entrega das estatuetas da Academia Norte-Americana em 2008. Um regresso e um convite que, caso se confirme, serão de louvar, pois foi exactamente no seu ano de estreia que a gala atingiu os números mais baixos de audiência deste século. Apenas compreensível pelos filmes em "combate", pois a classe de Stewart esteve bem presente.

Desafio: Meninas... Clooney ou Gere?

Alguém escreveu, palavra por palavra, o que eu nunca consegui...

"Acabei, finalmente, de visualizar a décima e última época de Friends, a incontornável sitcom de David Crane e Marta Kauffman, e um enorme vazio apoderou-se de mim. A ideia de que possivelmente nunca mais poderei ver um episódio novo de Friends é simplesmente demasiado difícil de conceber.

O humor de Friends nunca teve a inteligência diabólica de Arrested Development ou a ironia mordaz de The Office, e nunca, por um momento, necessitou delas para ter sucesso. O seu maior trunfo foi sempre outro: um sexteto de personagens tão intensamente apaixonantes, tão simples e únicas, tão icónicas, que por si só carregariam qualquer série às costas. Ao longo dos anos, essas personagens cresceram, iniciaram e acabaram relações, saltaram entre empregos e viveram aventuras memoráveis, mas nunca se separaram e nunca deixaram de, no fundo, serem as mesmas pessoas imperfeitas mas ainda assim imediatamente adoráveis do início. Pelo meio, geraram um leque impressionante de running gags – os divórcios de Ross, o sarcasmo na ponta da língua de Chandler ou o How you doin’? de Joey – e imprimiram a sua marca na cultura popular como poucas.

Quando comecei a ver Friends, já há algum tempo que a série havia terminado a sua emissão original. Como tal, posso apenas imaginar como terá sido conviver com a mesma semanalmente, durante dez anos, desde o seu início, em 1994, até o final em 2004, e como terá sido difícil para os que o fizeram abandonar as personagens cujas vidas acompanharam durante uma década. Vi toda a série num período de pouco mais de um ano, durante o qual Friends se transformou de curiosidade em vício compulsivo – de tal forma que nutro um grande carinho mesmo pelas menos fortes últimas épocas, que culminaram numa algo decepcionante series finale. Porque nunca foi nem nunca será feito nada como Friends. Porque Jennifer Aniston, Courteney Cox, Lisa Kudrow, Matt LeBlanc, Matthew Perry e David Schwimmer nunca deixarão de ser Rachel, Monica, Phoebe, Joey, Chandler e Ross. E porque todos eles serão também, para sempre, meus amigos."

Por Fábio Jesus em "Os Novos Pornógrafos".

Arrumar a Casa: Cool Runnings (1993) e Club Dread (2004)

Baseado numa história verídica sobre a qualificação de quatro jamaicanos que abandonam os trópicos e entram nas gélidas Olimpíadas de Inverno para participar nas corridas de Bobsled, "Cool Runnings" é o típico filme da Disney que enche corações e almas através da realização de sonhos impossíveis. Com a participação do mítico John Candy - viria a falecer um ano depois, com um ataque cardíaco - e a realização de Jon Turteltaub, o mesmo de "While You Were Sleeping" e do mais recente "National Treasure", "Jamaica Abaixo de Zero" é divertido, sentimental mas também... uma espécie de farsa. Isto porque Turteltaub e a Disney alteram o que realmente aconteceu a favor da compaixão imediata da audiência. Impostura que falsifica o drama mas adiciona eficácia e humor a rodos. Em suma, um filme familiar desportivo sobre a importância do trabalho de equipa e que deixa provado que não é preciso ganhar para ser um vencedor.



"Club Dread" possui um estranho sentido de humor, facilmente explicado pelo nome Jay Chandrasekhar, o mesmo que nos trouxe o hilariante "Super Troopers". Mas se antes a corda tinha esticado o suficiente para aguentar com a densidade existencial e dorsal da trama, desta vez a corda rebentou cedo. Situando o leitor, "Club Dread - Morre a Rir, Meu" traz-nos umas férias de grupo numa estância de férias ensopada em álcool, onde a alegria e a diversão sofrem uma reviravolta mortal - deixando os inaptos trabalhadores da ilha, a braços com um maníaco armado com um facalhão, enquanto tentam sobreviver mais um dia no paraíso. Apesar de estupidamente estúpido - invés de estupidamente divertido, como "Super Troopers" -, um mérito tem que ser indubitavelmente reconhecido a "Club Dread": mantém o suspanse sobre quem é o serial-killer da fita até ao final. Pena é que depois de descoberto, a explicação para tanta morte seja tão pobrezinha e insonsa. A visionar apenas pelo mais fanáticos de Chandrasekhar.

Setembro: O Mês das Séries.

Setembro é o mês de quase todos os regressos televisivos, bem como de carradas de estreias digitais que tentam deixar a sua marca na indústria. Além disso, os Emmy, estatuetas que premeiam os melhores - ou mais bem propalados - do ramo têm lugar no dia 17 e o AXN já confirmou que vai transmitir a cerimónia em directo. Infelizmente, será em mais um especial "Hollywood Boulevard", esquema já usado no ano transacto e que não deixou saudades a ninguém. Felizmente, nem tudo são notícias deliciosas com sabor salgado. Além das dezenas de regressos e estreias, nestes últimos dias de Verão ficamos ainda a saber umas quantas novidades de encher o papo aos mais fanáticos. Senão vejamos:

- Kevin Smith (Clerks) foi o realizador escolhido para a minisérie sobre as Origens de Heroes, que estreará quando acabar a Segunda Temporada da série de Tim Kring;
- Os primeiros episódios da nova temporada de Dexter, uma das séries de maior sucesso em 2006, já foram disponibilizados na Internet para os menos pacientes;
- As gravações da Quarta Temporada de Lost já estão finalmente sobre rodas e as incertezas colocadas sobre a estreia em Fevereiro de 2008 foram postas de parte;
- Parece que Beckham irá aparecer na Quarta Temporada das Donas de Casa Desesperadas. O meu instinto de abandonar a série a meio da Segunda Temporada confirma-se então como ajustado.
- E, finalmente, a melhor notícia de todas: o meu adorado Gary Oldman será um dos inimigos de Jack Bauer na Sétima Temporada de 24.

Por fim deixo-vos uma lista reduzida e selecionada pelo Cinema Notebook das datas dos principais regressos televisivos neste mês de Setembro em território norte-americano. Porque o Verão acaba, mas a diversão não!

2007-Set-17 Prison Break [FOX] (3ª temporada)
2007-Set-23 The Simpsons [FOX] (19ª temporada)
2007-Set-23 Family Guy [FOX] (6ª temporada)
2007-Set-23 Cold Case [CBS] (5ª temporada)
2007-Set-23 Shark [CBS] (2ª temporada)
2007-Set-24 Heroes [NBC] (2ª temporada)
2007-Set-24 How I Met Your Mother [CBS] (3ª temporada)
2007-Set-24 Two And A Half Men [CBS] (5ª temporada)
2007-Set-24 CSI: Miami [CBS] (6ª temporada)
2007-Set-25 Bones [FOX] (3ª temporada)
2007-Set-25 House [FOX] (4ª temporada)
2007-Set-25 Boston Legal [ABC] (4ª temporada)
2007-Set-25 The Unit [CBS] (3ª temporada)
2007-Set-26 Criminal Minds [CBS] (3ª temporada)
2007-Set-26 CSI: NY [CBS] (4ª temporada)
2007-Set-27 Ugly Betty [ABC] (2ª temporada)
2007-Set-27 Greys Anatomy [ABC] (4ª temporada)
2007-Set-27 My Name Is Earl [NBC] (3ª temporada)
2007-Set-27 The Office [NBC] (4ª temporada)
2007-Set-27 ER [NBC] (14ª temporada)
2007-Set-27 Smallville [CW] (7ª temporada)
2007-Set-27 CSI [CBS] (8ª temporada)
2007-Set-28 Las Vegas [NBC] (5ª temporada)
2007-Set-30 American Dad [FOX] (3ª temporada)
2007-Set-30 Desperate Housewives [ABC] (4ª temporada)

Desafio: Jantar em casa com...

Faz algum tempo desde que vos deixei um desafio jeitoso. Tendo como base um questionário feito pela Blockbuster americana em 2003, e em que Angelina Jolie e Brad Pitt - longe de se pensar na altura que os dois alguma vez iriam acabar juntos - sairam triunfantes com larga vantagem para todos os restantes colegas do meio, impele-se a questão: Se pudessem convidar um actor/actriz de Hollywood a jantar em vossa casa, quem seria o escolhido(a)?

Rankings CN: Famílias...Impossíveis!

Em Quinto Lugar está "Indiana Jones and the Last Crusade", de Steven Spielberg e em que Sean Connery tinha, na vida real, apenas mais 12 anos que o seu filho Indiana, representado por Harrison Ford. Em Quarto Lugar, e também datado de 1989, está "Family Business" de Sidney Lumet, onde mais uma vez Sean Connery faz de pai de um grande actor da sua geração, desta vez Dustin Hoffman, que é apenas 7 anos mais novo que Connery. No meio do ranking, em Terceiro Lugar está "The Manchurian Candidate", o original de John Frankenheimer e um dos muitos clássicos dos anos sessenta, onde Angela Lansbury faz de mãe de Laurence Harvey, apenas três anos mais novo do que esta. Quase a terminar esta tabela de conhecimento inútil para mentes ociosas, temos em Segundo Lugar "Alexander", de Oliver Stone, filme em que Angelina Jolie, mãe de Colin Farrell na película, é apenas um ano mais extravagante do que o Irlandês. Por fim, e para terminar em beleza, o Primeiro Lugar é ocupado, nada mais nada menos, do que por um rebento que é... mais velho do que o seu próprio pai. Falamos de Michael J. Fox em "Back to the Future", de Robert Zemeckis e onde o actor Crispin Glover, o seu pai no filme de culto é três anos mais novo na esfera verdadeiramente existencial que é a realidade do que Fox. Improbabilidades cinematográficas que provam não existirem impossíveis numa arte em constante evolução.

De volta, todos os dias, até ao próximo Verão.

A programação volta ao normal daqui a alguns minutos. De resto, deixo-vos com uma foto de férias que comprova que sempre tive uma Penélope Cruz cá por casa. Pena que esta "Parede das Artes" que encontrei em Ibiza fosse dedicada à prata da casa. Não faz mal, há-de chegar o dia em que visitarei Hollywood. Até já!

PS: Os resultados do Passatempo de Verão e respectivos vencedores são afixados esta semana.

CN reabre dia 7 de Setembro

Oito dias em Ibiza e Formentera para aproveitar bem a última semaninha de férias. Espero por vocês no dia 7. Até lá, fiquem com um casting para um filme de Kung-Fu que não correu lá muito bem a alguns chico-espertos...