sábado, setembro 22, 2007

The Condemned (2007)

Steve Austin, uma das carecas mais célebres e notórias dos ringues da WWE, é Jack Conrad, em mais uma obra cinematográfica da empresa de "entretenimento". Desta vez, a história relata um "reality show" ilegal e moralmente ambíguo que coloca dez condenados à pena de morte, em vários países do mundo, numa ilha deserta e onde só um poderá estar vivo ao fim de 30 horas. Caso contrário, todos explodem, graças a um aparelho que todos sem excepção possuem amarrado às suas pernas. E como se isso não bastasse, ainda ocorrem algumas manipulações por parte de Goldman (Rick Hoffman), que beneficiam alguns concorrentes com uns brindes afiadinhos. É matar ou morrer.

Numa mistura muito pouco homogénea entre vários estilos, onde o humor rapidamente desaparece, a independência moral instantâneamente é sabotada e a acção não tem limites viscerais, "The Condemned" acaba por ser uma versão americanizada - que é, como quem diz, com muito estilo e pouca substância - do nipónico "Battle Royale", mas onde os estudantes são substítuidos por assassinos impiedosos, desumanos e insensíveis. Muito longe da diversão aceitável a todos os níveis, onde a mensagem passou com êxito e a acção era bem filmada, de "The Running Man", uma das obras-chave da carreira de Schwarzenegger. Chega a causar pânico aos nossos olhos a tremideira e a velocidade impressionante com que a câmara de filmar rodopia pelas cenas de escaramuça.

De qualquer das formas, nem tudo é mau neste "Os Condenados". Mesmo tendo em conta que o filme acaba por ser uma defesa quase hipócrita aos constantes ataques recebidos pela WWE, de que esta promove a violência entre gerações mais novas, e de que o falso moralismo imputado na obra acaba por ser condenado por ela própria. Isto porque ficam para mais tarde recordar duas interpretações seguras e convicentes de dois nomes que certamente saltarão para a fama nos próximos anos: Robert Mammone, um soberbo dominador da crise de consciência que vivia, um vilão moderno como poucos; e a bela e formosa Tory Mussett, já "esculpida" como divindade feminina na saga "The Matrix" e que, nos momentos de silêncio, com o seu hipnótico olhar conseguiu transmitir alguma sinceridade. Dois nomes para estar atento.

6 comentários:

Anónimo disse...

mal por mal, na onda da WWE preferi o Marine, de longe, ainda n ganhei coragem para ver o Colecionador de Olhos.. ja viste amigo iraukumata? :P abraço

Carlos M. Reis disse...

Tenho o Marine e o Colecionador de Olhos cá em casa... mas ainda não ganhei coragem. Os Condenados foi mesmo só pela premissa... e porque estava mesmo numa de desligar o cérebro durante duas horas ;)

Um grande abraço, amigo Marisa Cruz ;)

brain-mixer disse...

Lembro-me de falar nele numa das minhas equações :P LOL

Carlos M. Reis disse...

;)

Flying Dutchman disse...

Grande Knox
Epa... Não gostei nada deste filme! pessoalmente dava-lhe uma estrela, tal como aos restantes filmes da WWE... Mas respeito o teu Rating e concordo que às vezes é mesmo preciso desligar o cérebro e ver uns filmes assim!!
Um grande Abraço

Carlos M. Reis disse...

Para ser honesto, o filme já se varreu da minha memória. Julgo que levou duas estrelinhas porque gostei de uma ou duas interpretações, que mereciam um argumento e um realizador mais competente. Enfim, filme pipoca ;) Um abraço grande Dutch!

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