terça-feira, dezembro 04, 2007

Hudson Hawk (1991)

Hudson Hawk é um dos mais estilosos ladrões da sua era. Acabado de sair do xilindró, vê-se imediatamente envolvido num esquema que o coloca entre a espada e a parede, obrigando-o a fazer parte de mais um plano engenhoso que pretende roubar algumas das mais famosas obras de arte do planeta. Sem alternativas, Hawk vai entrar num jogo perigoso que envolve policias corruptos, uma sedutora especialista de arte e a revelação de um dos maiores mistérios da história da humanidade. Por outras palavras: Código Da Vinci, versão Austin Powers.

Produzido pelo agora reconhecido Joel Silver, as filmagens de "O Falcão Ataca de Novo" foram um autêntico pandemónio, muito devido à escolha de Budapeste como cenário para grande parte do filme. Mas não só: Richard Grant, o divertido, astuto e maquiavélico vilão da fita - "I'll torture you so slowly you'll think it's a career" - quis abandonar as filmagens a meio e só a clásula milionária que constava no contrato o impediu de o fazer. Estipulação que talvez tivesse dado algum jeito pois os custos da produção acabaram por ultrapassar em muitos milhões o orçamento pré-definido. Felizmente foi toda esta confluência de obstáculos que fez de "Hudson Hawk" uma daquelas poucas fitas de culto sem qualquer tipo de pretensiosismos, odiada pelos critícos mas amada por um largo grupo de movie nerds.

As razões para tal são óbvias. De um Bruce Willis zombeteiro, personificação de todo um estilo cool dos anos sessenta através de momentos excepcionais como a cena em que sincroniza um assalto pela letra de uma música da sua infância, aos ápices cómico-dramáticos de pura aventura, quase tudo toma o formato de disparate moldado em guilty pleasure. Repleto de clichés, mas sem qualquer problema em servir-se dos mesmos como trunfos, o melhor elogio possível a "Hudson Hawk" é afirmar que o mesmo é tão absurdo como divertido. E uma oportunidade de vermos David Caruso com o pescoço na vertical.

7 comentários:

Anónimo disse...

Este é um dos meus filmes favoritos do Bruce Willis. A cena inicial da Mona Lisa a mostrar os dentes todos podres está demais LOOOOOL cumprimentos Knox...

Anónimo disse...

Faço sempre confusão entre este e A fúria do último escuteiro. :)
Talvez prefira a fúria, mas hudson hawk tb não é mau.
Abraço knox

Cataclismo Cerebral disse...

E a Sandra Bernhard está um espectáculo (apesar de ter sido nomeada para os Razzie). Sempre gostei deste filme, que só se pode mesmo é encaixar na categoria de guilty pleasure...

Abraço

Cataclismo Cerebral disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Carlos M. Reis disse...

Filipe, não é dos meus favoritos de Willis, nem de perto nem de longe, mas apenas porque Willis tem em carteira uma carrada de filmes portentosos, que vão desde os Die Hard, ao Unbreakable ou ao Sexto Sentido. Mas é delicioso :) Um abraço!

Mauro, outro guilty pleasure deste cantinho ;) Um abraço!

Cataclismo, se bem que a Bernhard é irritante como tudo (também com aquela cara, seria obra não o ser). Nunca mais a vi. O que é feito dela? Um abraço!

Loot disse...

Melhor filme de Bruce Willis? Assim de repente vem-me à cabeça o Pulp Fiction.

Ja vie ste filme há tanto tempo e foi um belo fartote de rir, já viste mais recentemente o Kiss Kiss Bang bang? também é diversão de grande qualidade.

Carlos M. Reis disse...

Vi no cinema, no dia de estreia Caro Loot! Adorei, ou não fosse a Michelle Monaghan (acho que não me enganei) uma daquelas beldades morenas que vai saltar para o estrelato não tarda nada!

Um abraço!

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