terça-feira, maio 27, 2008

Quando uma Lágrima Salgada vale mais do que uma Palma de Ouro

11 comentários:

DAGC disse...

Mas que belo momento. Até eu me senti comovido a ver isto.

Fantástico!

Carlos M. Reis disse...

Fenomenal mesmo poder presenciar esta relação. Coloco-me na pele do Meirelles e até sinto um arrepio. Ver tamanha aceitação por parte do homem que criou a história. Um abraço DAGC!

DAGC disse...

O mais incrível é que para o Meirelles de certeza que a critica que irá contar é a do Saramago e não dos pseudo-críticos.

É dos maiores elogios que um realizador pode ouvir da boca de um autor.

Por ter feito um filme muito próximo do livro e não adapta-lo ao cinema da forma tradicional pode custar ao Meirelles várias criticas ... mas o elogio do Saramago compensará isso tudo.

Cumps Knoxville ;)

freakyanas disse...

Excepcional mesmo este momento! Fiquei bastante comovida!
Concordo que esta foi a melhor e a mais importante critica que Fernando Meirelles podia ter recebido! Aumenta ainda mais a minha vontade de ver este filme rapidamente!
Knoxville, parabéns pelo blog e por partilhares cenas espectaculares como esta!

Anónimo disse...

Certamente um dos filmes mais aguardados para este ano em Portugal.

cumpts.

À sombra da bananeira disse...

Eu acho o livro "Ensaio sobre a Cegueira" uma obra magnífica, dos pontos de vista ficcional e literário, e cuja completa apreensão está bem para além da da mera explicitude das palavras.

Geralmente nestes casos fico sempre receosa de uma desilusão com a transposição para o cinema. As lágrimas de Saramago, de certa forma, são um bom augúrio. Se o autor assim se comoveu, calculo que tenha sentido que a sua obra foi plenamente compreendida em todas as suas linhas, entrelinhas, concepções substitutivas e afins.

Quanto ao facto de o filme ser muito próximo do livro, não sei exactamente o que isso significa, porque não vi nada sobre o filme. Mas quem conhecer bem o livro perceberá que a margem de manobra não é muito grande, sob pena de se incorrer num esvaziamento ou numa desvirtualização da obra. Penso que essa margem se deve restringir à descodificação e tradução da uma linguagem literária para a cinematográfica. Para algumas obras isto poderá ser uma tarefa linear, sem grandes requisitos de criatividade, para a escrita de Saramago e, especificamente, para este “Ensaio sobre a cegueira” não o é certamente.

Quanto ao acolhimento mais ou menos favorável que o filme possa ter tido por parte de quem o viu, por enquanto não me aquece nem me arrefece. Só vendo com os meus próprios olhinhos. Como sabemos, José Saramago tem os amantes incondicionais e aqueles que nunca conseguiram passar da décima página de qualquer dos seus livros. E isto não tem a ver apenas com aspectos formais da escrita. Tem sobretudo a ver com aquilo que o leitor consegue (ou não) extrair do aparentemente absurdo e irracional que povoa o universo ficcional do escritor. Não me espanta, pois, que uma bem conseguida transposição para o cinema possa produzir o mesmo tipo de clivagens. Afinal de contas não sabemos a extensão dos segmentos do público e da crítica que conhecem, apreciam e compreendem verdadeiramente a obra de Saramago.

Aguardemos, pois.

(fica a minha vénia de agradecimento para aqueles que tiveram a pachorra de ler este testamento até ao fim :p)

Loot disse...

É o livro que estou a ler de momento :)

Sobre o vídeo, é fantástico o teu título diz tudo, de certeza que para o Fernando Meireles só por este momento já valeu a pena ter feito o filme.

Abraço

Jubylee disse...

Comecei a ler este livro um pouco antes de saber que ia ser adaptado ao cinema. Foi o primeiro livro de Saramago que li e simplesmente adorei! Quando descobri quem era o realizador fiquei com alguma expectativa e à medida que ia lendo as notas no blogue dele fui ficando cada vez mais curiosa. Agora, depois de ver esta reacção do autor à estória original só posso elevar ainda mais as minhas espectativas. Já agora, quando é que isto estreia?

Carlos M. Reis disse...

DAGC, concerteza que sim. Para os produtores é que não sei não... :D Um abraço.

Freakyanas, obrigado ;) Espero que passes cá muitas mais vezes! Cumprimentos.

Nasp, sem dúvida alguma. A sua ligação a Saramago levará certamente muita gente indiferente à sétima arte ao cinema. Quem leu o livro então, é tiro e queda. Cumprimentos!

Bananeira, deixa respirar fundo e ler tudo. (clock clock clock) Bem, para começar tenho que confessar que nunca li nada de Saramago. E quando saiem filmes adaptados, gosto primeiro de ver o filme e só depois ler o livro, ao contrário de uma grande maioria. Sinto sempre que se gostar do filme, vou completá-lo com a leitura. Enquanto que quando acontece o contrário, acabo é por sair desiludido do filme. Quanto à crítica internacional, não tem sido muito amiga de Meirelles. Mas, como dizes, vale o que vale! Cumprimentos, obrigado pelo interessante testamento ;)

Loot ;) Depois da deliciosa anarquia de Allen, espero que também não saias frustrado deste ;) Um abraço!

Izzi, tenho ideia - e não passa de uma ideia, não sei se a data já foi alterada depois de ter visto essa informação - que estreará em Portugal em Novembro próximo. Ainda faltam uns mesinhos. Cumprimentos.

Arte Revisitada disse...

À parte a exploração visual, muito ao estilo televisivo, das emoções, sejam de alegria ou de tristeza, lá bem no fundo não posso deixar de me considerar mais optimista em relação ao filme de Fernando Meirelles.

Não que tivesse estado sempre assim, mas após ler as críticas vindas de Cannes, confesso ter ficado apreensivo. Se o próprio autor se emocionou com a transformação em imagens da sua obra (a meu ver A melhor de todas), claro que agora só espero ter o mesmo género comoção.

1 abraço

Pedro Xavier

brain-mixer disse...

Fiquei rendido a estas emoções. Se Saramago ficou assim, não podemos esperar melhor reacção. E eu que pensava que o nosso escritor seria mais do género "Alan Moore", um egocêntrico resmungão, arrogante e sociófobo...

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