Um dos temas mais falados nos últimos dias, um pouco por todos os estaminés cinéfilos portugueses, tem sido a - e passo a citar - "escandalosa presença de microfones" durante algumas das cenas de "O Acontecimento", de M. Night Shyamalan. Não é a primeira vez que tal acontece - ainda recentemente, em "Marie Antoinette" de Sofia Coppola, também foi feito muito burburinho sobre o assunto - e provavelmente não será a última. Sendo sem dúvida uma situação bastante inoportuna, a culpa é, no entanto, sempre erradamente atribuída ao realizador, por ignorância ou desconhecimento de quem o afirma, que passa a mensagem desse modo e cria uma corrente de desinformação pura. A verdade é que os microfones visíveis são responsabilidade pura e crua do projeccionista da sala de cinema onde tal fenómeno acontece. Isto porque alguns filmes trazem de origem uma margem superior e inferior que obriga a um enquadramento profissional da projecção. O problema aqui coloca-se, como é óbvio, na palavra... profissional.
quarta-feira, junho 25, 2008
Os microfones, esses malandros!
Um dos temas mais falados nos últimos dias, um pouco por todos os estaminés cinéfilos portugueses, tem sido a - e passo a citar - "escandalosa presença de microfones" durante algumas das cenas de "O Acontecimento", de M. Night Shyamalan. Não é a primeira vez que tal acontece - ainda recentemente, em "Marie Antoinette" de Sofia Coppola, também foi feito muito burburinho sobre o assunto - e provavelmente não será a última. Sendo sem dúvida uma situação bastante inoportuna, a culpa é, no entanto, sempre erradamente atribuída ao realizador, por ignorância ou desconhecimento de quem o afirma, que passa a mensagem desse modo e cria uma corrente de desinformação pura. A verdade é que os microfones visíveis são responsabilidade pura e crua do projeccionista da sala de cinema onde tal fenómeno acontece. Isto porque alguns filmes trazem de origem uma margem superior e inferior que obriga a um enquadramento profissional da projecção. O problema aqui coloca-se, como é óbvio, na palavra... profissional.
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14 comentários:
Sim, sim, aqui em Vitória temos muitos microfones aparecendo no cinema da Universidade do estado, porém o mesmo fenômeno não acontece em todos os lugares, engraçado issom rs...
Também já vivi uma situação identica no filme do Eddie Murphy, "o professor chanfrado 2", mas o mais inacreditável de tudo não eram por vezes os microfones em cena e sim o facto de nas cenas em que Eddie fazia de várias personagens ao mesmo tempo, notar-se as camadas/layers de sobreposição das imagens filmadas separadamente em blue screen... algumas das vezes notavam-se quadrados de luminosidade diferente nas personagens e por outras só aparecia metade do corpo... enfim... um filme quase surreal!
Sei que os microfones devem ter sido culpa do enquadramento, mas agora o resto.. terá sido uma versão beta do filme que chegou aquela sala do jumbo de setúbal?
E será que mais alguem presenciou o mesmo?
um abraço
Isso não é novidade, quando temos salas de cinema que cortam até um pouco de legendas apenas para não se darem ao trabalho de configurar tudo direitinho... não duvido de nada.
Cumps ;)
Por acaso já há muito que não via disso e onde vi recentemente foi no filme "O sexo e a cidade", apenas numa cena. Ainda vi o novo do Shymalan. E sim, realmente o problema está mesmo na palavra profissional...
No The Happening foi mesmo escandaloso... nem sei como querem que as pessoas paguem bilhete para ver coisa projectadas no formato errado.
Quando o vi o filme a ser projectado em "4:3" pensei logo: vai ser bonito vai....
Por sorte a sala estava quase vazia, mas ainda se houvia um murmúrio ou outro de pessoal a referir isso para os parceiros...
Só fica por saber se a culpa foi da sala, ou a distribuidora que fez mal a legendagem/cópias.
O que - no entanto - não serve de desculpa!
Se querem viver do cinema, ao menos que não cometam erros destes.
Peter Gunn, isso deve ser mesmo muito frustrante e aí a culpa não me parece que possa ser atribuída de todo ao projeccionista. Nunca tinha ouvido falar de tal coisa. Um abraço, obrigado por partilhares essa história curiosa ;)
DAGC, por acaso tenho sorte nesse sentido. Vou ao cinema ao mesmo sítio de há 3 ou 4 anos para cá. Nunca tive nenhum problema. Das poucas vezes que vou a outro lado - como uma que fui ao Vasco da Gama ver o V for Vendetta -, saaio completamente arrependido. Neste caso do V for Vendetta vi os 10 minutos finais completamente desfocados. Uma pouca vergonha. Um abraço.
Izzi, indeed ;) Cumprimentos.
Carlos Martins, eu por exemplo não apanhei nada no "The Happening" (mas até estou na expectativa de ter essa experiência :P). Um abraço!
Eu também vi no The Happening (à mesa durante o jantar no final). Eu posso dizer que vi o filme em formato panorâmico e não a 4:3...
É o que dá ir ao fantástico UCI Arrábida 20... ver as coisas em ecrã gigante, mas em formato de TV antiga... dass...
finalmente, após algumas décadas, parecem estar finalmente a começar algumas remodelações. Havia uma tela que durante largos meses (anos?) estava com um risco "branco" bastante visível, já para nao falar noutras todas manchadas e com marcas de tentativas de limpeza e afins... e depois cobram 5.20 Euros pela "experiencia" de ver cinema assim... pois pois...
Caro Carlos Martins... estás a falar da sala 15 não é?
A sala 15 tem muitos problemas, se estiveres perto da zona de projecção e começares a falar ouves nas colunas do cinema a conversa em "background"... digo-te é uma experiência fantástica... então se apanhares putos reguilas que comecem a brincar com aquilo...
Já me aconteceu isto mais de 3 vezes...
Cumps ;)
Sala 15 exactamente...
Por essas e por outras é que cada vez mais - eu, que sempre fui um "defensor" do ex-AMC - agora tenho que dar o braço a torcer e render-me aos projectores digitais e tal que existem no Norte Shopping e no Dolce Vita.
Grama-se com intervalos, mas ao menos ve-se as coisas com qualidade.
A cobrar aqueles preços, o UCI bem podia manter um pouco mais de qualidade nas suas salas.
Na estreia do Speed Racer, imagine-se! Estava tal cheiro na sala que tinham as saidas de emergência abertas para arejar a sala!
PUTA QUE PARIU OS PROJECCIONISTAS! EU PASSO A VIDA A MANDAR CARTAS A QUEIXAR-ME DA PROJECÇÃO NO CINEMAS LUSOMUNDO! PERCHES... É VÊ-LAS EM TUDO O QUE É FILME DA LUSOMUNDO. PÕE PESSOAL QUE NÃO SABE LER UMA LATA NA SALA DE PROJECÇÃO E DÁ MERDA... DASSS
O problema é que já não existem "projeccionistas" no verdadeiro sentido da palavra.
É tudo chavalada, a quem ensinaram a meter e tirar o filme e mais nada. A maioria deve estar-se a cagar para aquilo, e tem que andar a rondar as N salas, para confirmar que nao está nada a arder em nenhuma delas.
Se bem que nada disso serve de desculpa para lixar o filme a quem estiver a assistir - ainda pra mais com os precos actuais dos bilhetes de cinema!
Há duas questões aqui levantadas no mínimo interesantes:
- a Sala 15; LOL, forma-se o mito. Isto é caso para entrar na história e elaborar uma petição contra a sala 15. O número malvado do cinema português. Boicote à sala 15 ;)
- projecções da Lusomundo; Porquê? Durante anos fui ao Alvaláxia e nunca apanhei um filme mal enquadrado ou desfocado. Desde que mudou a gerência no início do ano, para a Lusomundo, já levei com 2 ou 3 filmes com desfocagens a meio da fita. Será que mudaram os projeccionistas? Será que é um problema específico da Lusomundo? E a mania dos intervalos... isso é que dá cabo de mim. Volta Millenium Cinemas!
Cumprimentos a todos!
Este filme ainda não vimos, mas em "A Vila" tivemos no écran a companhia dos famigerados microfones, muito desagradavel.
Também já assistimos a uma projecção de "Ninotchka" em que a sequência das bobines foi trocada.
Mas o pior foi numa sessão de "Orgulho e Perconceito", a nova versão, em que foi feito intervalo e durante cerca de vinte e tal minutos se esperou pelo recomeço do filme e depois surgiu um funcionário do cinema a dizer que "a fita tinha estado a ser passada" e não podiam voltar para o ponto onde tinha ficado o filme, iam recomeçar a passar o filme sem esses 15 minutos"... de uma sala cheia, apenas 3 pessoas saíram, recebendo o dinheiro do bilhete de volta.
Muitas vezes tenho saudades das sessões de cinema, dos cinemas de bairro, onde víamos sempre dois filmes nos anos setenta, porque ali ainda se respirava cinema.
Abraço cinéfilo
Paula e Rui Lima
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