
Jennifer Tree - a promissora Elisha Cuthbert - é uma modelo em voga nos Estados Unidos. A sua imagem faz parte do quotidiano de milhões de pessoas, invadidas pela sua forte presença mediática e publicitária. No entanto, uma vida de sonho pode tornar-se motivo e razão para o mais caliginoso dos pesadelos: o de um cativeiro mórbido, aparentemente provocado por um admirador sem escrúpulos. Exercício pouco autoral do britânico Roland Joffé, responsável por obras tão importantes na década de oitenta como “
The Mission” ou “
The Killing Fields”, “
Captivity” é, mais do que um projecto falhado de um realizador que perdeu-se pelo caminho, uma ode ao desaproveitamento de uma ideia interessante, sem bases de suporte num argumento atonitamente previsível.
Do desvendar do assassino - enquanto os motores ainda aqueciam - através do olhar característico do actor Pruitt Taylor Vince, à trivialidade e vulgaridade do desfecho, que devido à falta de personagens alternativas apresentadas é facilmente descortinado, tudo em “
Cativeiro” parece artificial. Não há um pingo de inteligência ou sentido nos quebra-cabeças apresentados e nem a sensualidade de Elisha Cuthbert é suficiente para salvar o filme da calamidade narrativa. Resta esperar que Roland Joffé não cometa os mesmos erros e faça de “
You and I”, uma vez mais, uma simples passadeira de exibição de uma actriz televisiva em ascensão – neste caso, Mischa Barton.
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