sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Yes Man (2008)

A reciclada mas divertida premissa faz lembrar, com as devidas distâncias, “Liar Liar”, um dos êxitos de carreira de Jim Carrey nos anos noventa. Desta vez, em vez de estar impossibilitado de mentir, Carrey interpreta uma personagem que, por via dos princípios de uma seita apresentada por um ex-colega de universidade, garante que irá dizer “sim” a todos os desafios que lhe surgirem na vida. Uma atitude pró-activa perante o seu quotiano que irá moldar novos limites e traçar outros horizontes à sua até então patética existência.

Baseado na biografia do humorista Danny Wallace, “Sim!” parte de uma ideia com um potencial cómico de respeito, cujo papel principal parece adaptar-se de forma perfeita ao actor que um dia já foi considerado o “rei” da comédia moderna. Assinado por Peyton Reed, o mesmo que realizou os modestos “Bring It On”, “Down With Love” e “The Break-Up”, a verdade é que “Yes Man” é uma comédia romântica que merece ser destacada das restantes que constam no seu portfólio, não pela genialidade da sua linha narrativa – que infelizmente foi suprimida pela infinidade de caminhos possíveis tremendamente mais divertidos que poderiam ter sido escolhidos -, mas sim pela simplicidade e honestidade da sua mensagem central.

Como se tal não bastasse, contamos ainda com o simpático regresso às origens do quase cinquentenário actor canadiano que, com algumas incursões recentes semi-falhadas no género dramático – à excepção do muito amado “Eternal Sunshine of the Spotless Mind” -, nada fez de marcante neste novo milénio, depois de uma década onde presenteou cinéfilos em todo o mundo com obras tão revigorantes como “The Mask”, “The Truman Show” ou “Man on the Moon”. Longe da frescura de outros tempos – não há como disfarçar alguns cabelos brancos -, Carrey consegue ainda assim suportar a responsabilidade da credibilidade da história recair na sua capacidade de persuasão e, auxiliado por uma radiante e hipnotizante Zooey Deschanel, assegura que “Yes Man” quebre as rotinas comuns dos romances bem-dispostos de Hollywood, que baseiam a descoberta final das personagens-chave nos símbolos do Amor e raramente numa filosofia existencialista, ainda que simplificada ao máximo para consumo fácil e despreocupado. Resta esperar que o próximo projecto de Jim Carrey, “I Love You Phillip Morris”, confirme o regresso à ribalta de um actor que durante anos não teve rival à altura no seu género cinematográfico.

5 comentários:

Cinema Paradiso disse...

A ooey Deschanel é linda =D

Gostei do filme. Foi uma comédia divertida e que fez o tempo passar muito bem ;)

dianamatias disse...

estou curiosa :)

Anónimo disse...

Hum, 4 estrelas... Fiquei ainda mais curioso acerca do filme...

Pedro disse...

Queria muito ver o filme, e no cinema. Mas se não for possível, vem depois em dvd para a home cinema.
O Jim Carrey é o meu actor favorito na comédia. E mesmo noutros registos, é um caso sério.
Que ainda tenha muito para dar a Hollywood, assim reçeba bons projectos.

http://realizadoresdecinema.blogspot.com/

Carlos M. Reis disse...

Luís, lindissíma ;) Um abraço.

Diana, Ricardo e Pedro, obrigado pelo testemunho. Cumprimentos, voltem sempre!

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