
No seu sumo, não há mesmo nada em “All the Boys Love Mandy Lane” que destrone as armadilhas comuns do género. As personagens estão longe de ser tridimensionais e a personagem central, Mandy Lane, não passa de um exemplo de mulher bela e formosa, de olhos azuis, cabelo loiro, sorriso encantador e virgindade promitente. Mas uma personalidade que cative o espectador? Longe disso. Faltou a Amber Heard um pouco da sagacidade de Veronica Mars. Aos restantes membros do elenco, faltou tudo – Whitney Able, por exemplo, não passa de uma Paris Hilton wanna be - e o seu destino era, mais do que esperado, justo. Esqueçam uma futura sequela, que poderia dar muito bem pelo nome “All the Boys Hate Mandy Lane”.
A história é simples – para não dizer que é a do costume: Mandy Lane é a rapariga mais sexy do liceu, desejada por rapazes, invejada por raparigas. Na esperança de a conquistarem, um grupo de estudantes organiza uma festa num rancho isolado. Tudo sobre rodas até os jovens irem aparecendo mortos, um por um. Quem será o culpado? Bem, nem isso é escondido. A previsibilidade durante os assassinatos é tanta, que o freguês desconfia e sabe que terá de haver uma reviravolta final inesperada. E qual a única possível? A que acaba por acontecer. Tremenda desilusão que nem esse trunfo tenha sido aproveitado nesta obra de terror de adolescentes... para adolescentes. Porquê?
1 comentário:
Já tinha lido a tua crítica na Take.
O filme não é por si só nada de especial, mas transporta uma frescura pouco usual em filmes do género. O twist final é refrescante, embora não consiga suportar todo o filme. Contudo, não me parece que o facto de não ter um motivo interesse... afinal às vezes há coisas que se faz por puro gozo.
Além disso, a banda sonora está bastante boa para o género.
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