quarta-feira, setembro 22, 2010

Frozen (2010)

É Domingo e três jovens esquiadores – um casal de namorados e um amigo – são esquecidos e abandonados numa cadeira-teleférico durante uma noite de tempestade. A vários metros de altura, e sem vivalma por perto, sabem que só na Sexta-feira seguinte voltará alguém à estância de ski, quando esta reabrir ao público. Para não morrerem congelados, o trio vai ter que tomar decisões aparentemente impossíveis. Conseguirão sobreviver?

Frozen” está para o ski como “Jaws” esteve para a natação”, exibe orgulhosamente o cartaz promocional do filme. Verdade seja dita, e tendo em conta os diferentes contextos tecnológicos e artísticos, o soundbite não só é extremamente apelativo, como faz jus à qualidade da obra em si. Num arco narrativo minimalista que obtém reacções maiores no público, com um fundo gélido e trépido mas um ambiente emocionalmente caloroso e enérgico, o realizador norte-americano Adam Green (“Hatchet”) coloca constantemente o espectador com uma pergunta na cabeça: “se fosse eu, o que faria?”.

Num cenário realista e numa situação mundana, a conexão psicológica entre as personagens e o público torna-se mesmo elemento chave para o impacto instantâneo da fita no subconsciente de cada um. Com um guião surpreendentemente consistente, que permite um satisfatório desenvolvimento narrativo de cada uma das três personagens, captando ainda na perfeição os seus contrastes reaccionais, “Frozen” é um exemplo raro de uma cinematografia pura e brilhante, ou não tivesse ele sido filmado nas alturas, em temperaturas negativas e durante uma verdadeira tempestade de neve, numa cadeira-teleférico real que apenas tinha espaço para o realizador e um cameraman. Sem efeitos especiais gerados em computador, “Frozen” é uma excelente surpresa e um filme obrigatório para todos os fãs do terror. E porque o seu sucesso certamente dependerá do boca-a-boca, eu cumpro já com a minha parte.

4 comentários:

Eduardo Castro Fonseca disse...

Eu tou a ver isto e só me apetece rir... estamos a falar do mesmo filme?

Carlos M. Reis disse...

Caramba Eduardo, estamos. Gostei bastante mesmo ;)

Eduardo Castro Fonseca disse...

Então olha estás a dever-me 2 horas da minha vida, tu e a minha irmã, essas 4 estrelas enganaram-me redondamente. :p

Carlos M. Reis disse...

Epah antes dever-te horas que dinheiro :P Um abraço!

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