Que realizadores, actualmente em actividade, admiras? E um, acima de todos, com quem gostasses de trabalhar.
Adoro o Soderbergh, o Lumet, o Curtis Hanson, o Eastwood e o Paul Haggis. Adorava trabalhar com todos eles. Havia um realizador com quem gostaria de ter trabalhado acima de todos os outros: Sidney Pollack. Infelizmente, já não terei essa oportunidade.
Que filme viste mais vezes e quem foi a tua primeira paixoneta cinematográfica?
Quando era criança, via o “Jason and the Argonauts” tantas vezes que a minha mãe chegou a pensar que havia algo de errado comigo. Curiosamente, acabei por servir ao bar no casamento do realizador do filme, o Don Chaffey. Foi divertido falar com ele. Também vi o “Raiders of the Lost Ark” umas onze vezes no cinema. O “Tootsie” umas dez. Os filmes modernos já não se comparam com aqueles filmes Noir dos anos trinta, quarenta e cinquenta. “Bringing up Baby”, “His Girl Friday”, entre tantos outros. Mas bem, pensando melhor, acho que o filme que vi mais vezes foi o “Casablanca”. É o meu filme favorito, uma obra que resume a essência de Hollywood. No que toca a paixonetas, não há competição. Foi a Natalie Wood e apaixonei-me por ela mesmo antes de saber o que é que era o “amor”.
Qual é o DVD da tua colecção que mais te envergonha?
Não é um DVD mas uma VHS do meu primeiro filme, “Terror on Tour”. É tão mau, mas tão mau, que nunca deixarei ninguém chegar sequer perto dele.
Imagina que estás num karaoke. Que música escolhes para cantar?
Normalmente escolho “I wish it would rain”, dos Temptations. Mas também gosto de cantarolar Eagles, Old 55 e várias músicas do Sinatra. O timbre dele é compatível com o meu.
Qual o melhor rumor que já ouviste sobre a tua pessoa?
O mais frequente é que o “Soup Nazi” não foi interpretado por um actor, mas por um verdadeiro chefe de cozinha. Criou-se esse mito e as pessoas que me reconhecem na rua perguntam-me isso. Não sei porquê.
Já alguma vez estiveste em Portugal?
O pai da minha ex-namorada é o Eduardo Dias, um escritor português. Eu queria mesmo dizer o nome dele nesta entrevista para ele ficar contente com isso. É um homem maravilhoso, muito inteligente e muito humilde. Quando ele soube que eu era Judeu, ofereceu-me um livro escrito por ele sobre uma sociedade secreta de Judeus em Portugal. Era fascinante. Fui convidado por ele a ir a Portugal no último verão mas, infelizmente, não consegui ir. Mas estou bastante desejoso de ir aí, ainda por cima com um guia como ele. Há-de chegar o dia. Toda a família dele diz coisas maravilhosas do país.
Três coisas que te vêm à cabeça quando pensas em Portugal?
O avião com destino a Lisboa, do “Casablanca”, o Eduardo e a sua família, a sua filha Elisa e, agora que li o livro dele, a história dos Judeus em Portugal.
Queres deixar alguma mensagem aos nossos leitores?
Gostava de agradecer a todos aqueles que viram e apreciaram “Seinfeld”. E se alguém tiver curiosidade sobre a minha carreira, que visite o meu website (www.soupnazi.tv). E, já agora, agradeço ao Marco Santos por ter comprado uma das minhas fotos autografadas no eBay.
Entrevista publicada na Take 14, edição Abril de 2009.
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