Início dos anos noventa, Colômbia. Em tenra idade, ainda mal sabia ler ou escrever, Cataleya testemunha em sua casa o assassinato dos seus pais sobre as ordens de Don Luís, um poderoso barão da droga local apoiado secretamente pelo governo norte-americano a troco de informações confidenciais sobre vários clientes seus. Com coragem e talento desigual, Cataleya consegue escapar ao massacre e refugiar-se nos Estados Unidos com Emílio, gangster de profissão – se tal existe -, mas também seu tio. Hoje, quase vinte anos depois, Cataleya é uma assassina a soldo, sob as ordens do seu tio, à procura de vingança de todos aqueles que estiveram envolvidos na morte da sua família. Para tal, tenta “tirá-los do buraco” através da sua imagem de marca: a flor que lhe dá nome desenhada no peito de cada uma das suas vítimas.
Realizado por Olivier Megaton (“Transporter 3”) e produzido pelo francês Luc Besson, o mesmo que nos trouxe outras fortes personagens femininas ao grande ecrã como Nikita ou Joan of Arc, “Colombiana” é uma mistura agridoce de algumas das mais conceituadas obras de Besson. Agridoce porque uma boa direcção artística e algumas cenas de acção muito bem conseguidas contrastam com uma narrativa pobre, repleta de diálogos pouco ou nada cativantes e emoções adulteradas, um vergonhoso tiro ao lado na tentativa de conceder alguma profundidade às suas personagens. Numa fita onde os métodos de como a heroína conseguiu algo são quase sempre omitidos, resta destacar a sensual Zoe Saldana e, principalmente, a jovem Amanda Stenberg que, transmitindo ao mesmo tempo segurança e vulnerabilidade, convence o espectador que um dia irá ser corrompida pelo sentimento de vingança. Em suma, um Killer Chick Flick que começa bem - a cena inicial em Bogotá e o assassinato na prisão - mas que perde qualidades com o desenrolar da trama, encerrando-se banalmente como tantos outros.
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