Baseado numa história verídica, "Money for Nothing" retrata a aventura de Joey Coyle, um estivador no desemprego em Filadélfia quando, em 1981, encontrou em plena estrada dois sacos do Banco Federal Norte-Americano com, no total, 1,2 milhões de dólares no interior em notas de 100. Entre rodadas de cerveja em bares locais, lavagens de dinheiro com a máfia metida ao barulho e um carro procurado pela polícia no fundo do mar de modo a ocultar provas, Joey tudo fez, mesmo contra os conselhos de familiares e amigos, para esconder a fortuna das autoridades. Mas terá ele conseguido fugir do país antes de ser apanhado?
É a procura de uma resposta para esta mesma pergunta que traz algum interesse a uma narrativa que, obviamente condicionada pelos factos que a inspiram, acaba por não apimentar incontáveis alternativas e hipóteses que tanto dinheiro nas mãos de um pelintra pediam. Com um elenco repleto de nomes que hoje em dia são considerados de elite, como Benicio del Toro, James Gandolfini, Philip Seymour Hoffman e, claro, John Cusack, "Money for Nothing" revelou-se mesmo assim um flop não só nas bilheteiras - pouco mais de um milhão contra os onze do seu budget - como também uma comédia criminal agridoce para a crítica especializada. Assim, não admira que a carreira do realizador Ramón Menéndez, que anteriormente havia levado Edward James Olmos a uma nomeação aos Óscares em "Stand and Deliver", tenha ficado por ali. Porque, tal como aconteceu a Joey Coyle, o dinheiro falou mais alto.
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