Condenado por um crime que alega não ter cometido, Nick Cassidy (Sam Worthington) é um ex-polícia à beira do abismo - literalmente. Desesperado por provar a sua inocência, decide chamar a atenção da comunicação social e do mundo colocando-se no parapeito de um dos mais luxuosos hotéis de Nova Iorque, ameaçando suicidar-se caso não lhe concedam a conceituada negociadora Lydia Anderson (Elizabeth Banks), conhecida por ter acreditado e defendido outros "homens no limite". Mas será mesmo este um acto de puro desespero, ou terá Cassidy outro plano na manga?
Realizado pelo inexperiente e desconhecido Asger Leth, "Um Homem no Limite" é um thriller de semi-acção - isto porque um parapeito estreito não é propriamente um local propício a grandes movimentos - competente, cuja interessante premissa é infelizmente tratada de forma pouco criativa, mesmo que, verdade seja dita, a história e o ritmo narrativo nunca se tornem enfadonhos. Quando "Man on a Ledge" é lento, mostra-se intrigante; quando acelera, satisfaz as hormonas do público com acção equilibrada e diversão q.b. É claro, não faltam buracos e armadilhas masoquistas no guião do venezuelano Pablo F. Fenjves; mas não é nada que não desculpemos em troca de uns planos bem conseguidos da surpreendente Genesis Rodriguez e de alguns momentos de pura química entre Worthington e Banks, uma actriz portentosa - vejamos o recente "The Next Three Days" - que tem passado, injustamente, ao lado de uma carreira digna de prémios mais interessantes que os da MTV e dos Teen Choice Awards. Sucintamente, "Um Homem no Limite" não deslumbra, não causa surpresa nem admiração, mas entretém o suficiente para justificar um visionamento despreocupado num domingo à tarde.
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