Peter Parker é um jovem inteligente, tímido e correcto com uma paixoneta pela rapariga mais popular da escola, a bonita e divertida Gwen Stacy. Desde criança a morar com os tios, devido a uma história muito mal contada que obrigou os seus pais a fugirem de algo ou de alguém, decide descobrir o que realmente aconteceu e, para tal, falar com um ex-colega cientista do pai, o hoje conceituado Dr. Curt Connors, figura principal da multimilionária Oscorp. Mas, num meio onde poder e mutações genéticas andam de mãos dadas, rapidamente vai perceber que a sua curiosidade pode ser a chave para um mundo muito mais perigoso. A não ser que Peter se torne ele mesmo o antídoto para esse mal.
Repetição dispensável do filme de estreia do super-herói da Marvel sob as ordens de Sam Raimi, "O Fantástico Homem-Aranha" do britânico Marc Webb é, ainda assim, uma adaptação competente - a cinematografia convence -, segura - toda a narrativa é orquestrada sem grandes confusões ou twists, sempre com uma linguagem subtil e educada de forma a agradar a pais, filhos e irmãos - e credível - dos efeitos especiais às cenas de acção, tudo flui de forma aparentemente intocável - de uma história repleta de lugares comuns para grande parte do público. Se o ângulo de abordagem é diferente, o terreno é o mesmo e não fosse a química entre Garfield e Stone estar sustentada num simpático romance - e esse é o forte de Webb enquanto realizador - e dificilmente teria o filme conseguido o apoio da crítica em comparação com o primeiro Homem-Aranha de Raimi. Oscilando de forma equilibrada entre o humor e o drama, "The Amazing Spider-Man" acaba por revelar-se um blockbuster mais divertido e descomplexado do que propriamente sério e surpreendente. O que, de acordo com o critério do espectador, pode ser tanto extraordinariamente fenomenal ou algo extremamente terrível. Eu cá fico do lado de Raimi.
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