Dois jovens casais norte-americanos e um sueco na mesma faixa etária conhecem-se por acaso num bar em Moscovo, cidade na qual encontram-se por motivos variados, sejam negócios por tratar ou mera escala técnica entre viagens. Do nada, entre copos e palavras, a capital russa é atacada por uma nave extraterrestre que, aparentemente, busca toda a energia eléctrica do nosso planeta para conseguir a sobrevivência dos seus. Em pânico e sem soluções, decidem abrigar-se inteligentemente numa cave e ficar por lá alguns dias. Quando saem, dão de caras com uma cidade fantasma e com notícias de um planeta em risco de extinção. E eles, entre outros poucos sobreviventes, são a única réstia de esperança para salvar a Terra. Para tal, vão ter que o enfrentar de modo a conhecer melhor os seus pontos fracos; algo que não se afigura tarefa fácil, ou não fosse o inimigo... invisível.
Versão poupada, adolescente e desnecessária de "A Guerra dos Mundos" de Steven Spielberg, "A Hora Mais Negra" revela-se com o passar dos minutos numa obra que promete muito mais do que aquilo que consegue cumprir. Se os efeitos especiais até passam por convincentes - o facto de não terem que dar uma face à ameaça foi uma maneira inteligente de não cair facilmente em descrédito -, com um par de cenas bem conseguidas de marcos e ruas moscovitas em total destruição ou abandono, já a narrativa em si cai em todos os lugares comuns do género, conseguindo até meter um romancezinho pelo meio numa tentativa furada de nos deixar realmente preocupados com o destino de alguma das personagens. Interpretações medianas num filme de ficção científica que raramente arrisca - mesmo que cumpra com alguma segurança nos seus propósitos artísticos -, fazem de "The Darkest Hour" uma fita que rapidamente cai no esquecimento do espectador. Depois do maravilhoso "Into the Wild", estará Emile Hirsch de volta ao ciclo vicioso e destruidor dos grandes estúdios de Hollywood?
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