Num futuro não muito longínquo, a nave espacial Prometheus parte para os confins do Universo em busca dos seres extraterrestres que um grupo de cientistas acredita serem responsáveis pela génese da raça humana. Patrocinados por uma empresa privada, cujo sonho do falecido presidente era encontrar uma solução para a sua mortalidade, a equipa a bordo da Prometheus rapidamente irá aperceber-se que, mais do que uma aventura à procura de respostas sobre as suas origens, esta vai ser uma viagem para enfrentar uma poderosa ameaça à extinção da vida no nosso planeta.
Orquestrado por Ridley Scott, "Prometheus" apresenta-se como uma prequela da conceituada saga criada pelo realizador no final dos anos setenta, "Alien", na altura rampa de lançamento para a sua carreira e para o muito amado "Blade Runner", que se seguiria em 1982. Com um elenco fabuloso, onde Fassbender brilha como andróide sem emoções mas muita inteligência, Rapace primeiro estranha-se e depois entranha-se e Theron mostra a sua versatilidade enquanto actriz, "Prometheus" é também um portento visual, com uma cinematografia excelsa, fazendo com que efeitos especiais de milhões passem, e bem, despercebidos na fluidez rítmica do guião do nosso bem conhecido Damon Lidelof, um dos responsáveis por todas as artimanhas científicas e espirituais da série "Lost".
No entanto, nem tudo são rosas no que ao argumento diz respeito. Os mais cépticos e atentos dificilmente deixarão passar em branco várias incongruências, improbabilidades ou escolhas narrativas que colocam em causa a sua inteligência. Por vezes bastante básico, por outras simplesmente ingénuo, o guião e os seus momentos chave raramente surpreendem ou justificam o título de preâmbulo de uma das mais respeitadas sagas de sempre - uma só cena final, colada aos créditos, não chega -, o que ainda assim não invalida a sua existência enquanto produto mais do que competente de ficção científica. Só é pena que tenha "Promethido" muito mais do que aquilo que conseguiu cumprir.
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