Três bombas nucleares estão prestes a rebentar em três cidades norte-americanas. O responsável pelo plano terrorista, Yusuf (Michael Sheen), é apanhado pelo FBI e restam agora apenas algumas horas para a agente Helen (Carrie-Anne Moss) e o mítico H. (Samuel L. Jackson), conhecido pelos seus métodos pouco ortodoxos de persuasão – trocando por miúdos, tortura -, conseguirem arrancar ao fundamentalista islâmico as localizações dos engenhos explosivos. Sem limites e sem regras, quem levará a melhor?
Realizado pelo australiano Gregor Jordan (“Buffalo Soldiers” e “Ned Kelly”), “O Dia do Juízo Final” é um produto cinematográfico cujo interessante conceito é sabotado por uma escrita e realização medianas, às quais nem um cativante elenco com Sheen e Jackson em rota de colisão consegue escapar. Curiosamente – para não dizer inexplicavelmente – lançado directamente para o mercado de DVD nos Estados Unidos, “Unthinkable” entretém ainda assim o suficiente para nos manter colados ao ecrã até ao seu final, independentemente de muitos dos seus twists narrativos falharem clamorosamente nos seus propósitos. A mensagem é facilmente descodificada: será a tortura um mal necessário mas fundamental para assegurar a segurança de milhões? Até que ponto os direitos humanos devem ser defendidos quando está em jogo a vida de populações inocentes? Raramente memorável, mas ainda assim suficientemente competente para merecer uma visualização, a “Unthinkable” falta-lhe só uma peça-chave: Jack Bauer; em quinze minutos estava tudo resolvido.
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