Realizado pelo catalão Juan Antonio Bayona - responsável pelo muito interessante "El Orfanato" -, "Lo Imposible" é um filme catástrofe tecnicamente irrepreensível, com cenários e efeitos especiais tão credíveis quanto espantosos que, no entanto, falha inocentemente na sua dimensão dramática, transformando-se com o passar dos minutos num melodrama banal de domingo à tarde, sem surpresas nem reviravoltas, culpa talvez das limitações que o selo de "história verídica" impuseram à narrativa. Ou seja, contas feitas, findados os primeiros vinte absorventes e trágicos minutos da fita, chega-se à conclusão que o seu maior trunfo a nível comercial acabou por tornar-se também no seu maior inimigo a nível estrutural, não desprezando com isto uma mão cheia de interpretações notáveis lideradas por um magnetizante... Tom Holland. É verdade, é ele na pele de Lucas, uma criança obrigada a crescer de um segundo para o outro, quem mais brilha nas águas lamacentas e agitadas de "O Impossível", mesmo que seja Naomi Watts quem vai recebendo um rol de nomeações importantes nas últimas semanas. Em poucas palavras, "Lo Imposible" é visualmente arrebatador mas, por muito agradável e inspiradora que seja a sua mensagem chave sobre a generosidade e resiliência do espírito humano, a sensação que fica é que tudo não passou de um exercício dramático tão convencional quanto vazio, ainda para mais se tivermos em conta que retratou um acontecimento responsável por mais de trezentas mil mortes.
domingo, fevereiro 03, 2013
Lo Imposible (2012)
26 de Dezembro de 2004. Uma onda gigante varre a costa tailandesa e todos aqueles que lá passavam ou moravam. Entre os largos milhares que foram surpreendidos pelo tsunami de forma violenta, encontram-se os turistas Maria e Henry, que aproveitavam umas relaxantes férias de Natal na praia com os seus três filhos. Está é a história de como sobreviveram - ou não, para deixar alguma curiosidade no leitor - a uma das maiores catástrofes naturais jamais registadas e tudo o que mudou nas suas vidas após aquele dia.
Realizado pelo catalão Juan Antonio Bayona - responsável pelo muito interessante "El Orfanato" -, "Lo Imposible" é um filme catástrofe tecnicamente irrepreensível, com cenários e efeitos especiais tão credíveis quanto espantosos que, no entanto, falha inocentemente na sua dimensão dramática, transformando-se com o passar dos minutos num melodrama banal de domingo à tarde, sem surpresas nem reviravoltas, culpa talvez das limitações que o selo de "história verídica" impuseram à narrativa. Ou seja, contas feitas, findados os primeiros vinte absorventes e trágicos minutos da fita, chega-se à conclusão que o seu maior trunfo a nível comercial acabou por tornar-se também no seu maior inimigo a nível estrutural, não desprezando com isto uma mão cheia de interpretações notáveis lideradas por um magnetizante... Tom Holland. É verdade, é ele na pele de Lucas, uma criança obrigada a crescer de um segundo para o outro, quem mais brilha nas águas lamacentas e agitadas de "O Impossível", mesmo que seja Naomi Watts quem vai recebendo um rol de nomeações importantes nas últimas semanas. Em poucas palavras, "Lo Imposible" é visualmente arrebatador mas, por muito agradável e inspiradora que seja a sua mensagem chave sobre a generosidade e resiliência do espírito humano, a sensação que fica é que tudo não passou de um exercício dramático tão convencional quanto vazio, ainda para mais se tivermos em conta que retratou um acontecimento responsável por mais de trezentas mil mortes.
Realizado pelo catalão Juan Antonio Bayona - responsável pelo muito interessante "El Orfanato" -, "Lo Imposible" é um filme catástrofe tecnicamente irrepreensível, com cenários e efeitos especiais tão credíveis quanto espantosos que, no entanto, falha inocentemente na sua dimensão dramática, transformando-se com o passar dos minutos num melodrama banal de domingo à tarde, sem surpresas nem reviravoltas, culpa talvez das limitações que o selo de "história verídica" impuseram à narrativa. Ou seja, contas feitas, findados os primeiros vinte absorventes e trágicos minutos da fita, chega-se à conclusão que o seu maior trunfo a nível comercial acabou por tornar-se também no seu maior inimigo a nível estrutural, não desprezando com isto uma mão cheia de interpretações notáveis lideradas por um magnetizante... Tom Holland. É verdade, é ele na pele de Lucas, uma criança obrigada a crescer de um segundo para o outro, quem mais brilha nas águas lamacentas e agitadas de "O Impossível", mesmo que seja Naomi Watts quem vai recebendo um rol de nomeações importantes nas últimas semanas. Em poucas palavras, "Lo Imposible" é visualmente arrebatador mas, por muito agradável e inspiradora que seja a sua mensagem chave sobre a generosidade e resiliência do espírito humano, a sensação que fica é que tudo não passou de um exercício dramático tão convencional quanto vazio, ainda para mais se tivermos em conta que retratou um acontecimento responsável por mais de trezentas mil mortes.
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2 comentários:
Para mim foi simplesmente um dos piores filmes do ano. O Resident Evil consegue ganhar esse prémio...
Não o colocaria nos piores do ano Jubylee - até porque o trabalho técnico a envolver a catástrofe é muito bom -, mas sim, é puro convencionalismo cinematográfico, uma fórmula dramática batida, sem risco nem brilho.
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