Apaixonado pela singular Tina, o aparentemente normal Chris convida-a para uma extravagante viagem de caravana pelos locais do Reino Unido que marcaram a sua vida. Habituada a estar por casa a tratar da mãe - que, já agora, não vai nada à bola com Chris -, Tina vai conhecer um lado de Chris que desconhecia: nada mais nada menos do que o de um psicopata assassino que não consegue lidar com adolescentes barulhentos ou adultos preguiçosos. Mas será Tina assim tão diferente de Chris?
Escrito pela dupla que dá vida aos personagens-chave do filme de Ben Wheatley ("Kill List"), "Sightseers" revela-se a maior desilusão britânica a estrear em salas nacionais dos últimos anos, um verdadeiro desastre ambulante a nível de guião, que não é nem de perto nem de longe colmatada por uma direcção de fotografia e realização ainda assim competentes. Sátira suburbana que de comédia negra tem muito pouco - e de terror muito menos, apesar de muitas das suas cenas de violência serem gratuitas e gráficas demais para estarem em sintonia com uma "simples" comédia negra -, são poucos ou nenhuns os sorrisos em noventa minutos de fita, mas muitas as caras de espanto quando sangue a jorrar ou caveiras aparecidas do nada são usadas, separadamente, como tentativas infundadas de comic relief no espectador. Wheatley tenta fazer de "Assassinos de Férias" um espécie de "Straw Dogs" humorístico com toques de "Bonnie & Clyde", mas falha rotundamente, fazendo como que dois filmes incompletos num só, dois estilos completamente antagónicos que chocam ainda em histórias colaterais - como a do cão - que pouco ou nenhum sentido fazem na narrativa. Exótico, dirão alguns; incompreendido adjectivarão outros; ora bem, para mim não passou de hora e meia inóspita e vazia, sem entretenimento nem interesse dramático.
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