Los Angeles, um final de tarde como outro qualquer, uma festa de arromba em casa de James Franco como tantas outras. Sim, ele mesmo, o actor egocêntrico com queda para as drogas leves e para figuras tristes na apresentação dos Óscares, bem como um grupo considerável de colegas famosos, entre os quais Jonah Hill, Seth Rogen, Danny McBride, Craig Robinson e Jay Baruchel. Do nada, começa o apocalipse; fogo por todo o lado, pessoas a serem sugadas para o além - aparentemente só aqueles que merecem um lugar no céu - e monstros bíblicos a arrancarem cabeças aos pecadores. Aos que cá ficam na Terra, só importa sobreviver. Pelo menos tempo suficiente até justificarem um passaporte para o Paraíso.
Comédia apocalíptica com várias ideias e conceitos não só interessantes a nível cómico como de certa forma originais e refrescantes, o findar de "This is the End" deixa no espectador, no entanto, um sabor agridoce: se por um lado este revela-se um produto globalmente divertido e descontraído na realidade ficcionada das suas personagens, com vários momentos de humor inteligentes e uma mão-cheia de referências pop e cinematográficas ousadas, por outro, cai várias vezes em caminhos banais no meio, sentindo uma necessidade quase arcaica e estupidificante de conquistar uma fatia de público mais alargada através de gags low-cost (e low-brain) de casa-de-banho, com muita ganza e ejaculações à mistura, apelando de forma gratuita à gargalhada inconsciente. De resto, um ou outro cameo de relevo - destaque merecido para o de Channing Tatum - e algumas mortes bem arquitectadas abrilhantam esta reunião cinéfila da malta de "Freaks & Geeks", que peca apenas pela forma rasca com que, perdoem-me a redundância, "desenrasca-se" à falta de ideias melhores.
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