Baseado na autobiografia publicada em 1904 por Nelson Mandela, “Mandela: Longo Caminho para a Liberdade” é um retrato cinematográfico interessante e socialmente importante sobre a vida de um dos maiores ícones políticos e culturais do século XX. Inconstante na forma pouco ritmada como dá demasiada importância a assuntos triviais na juventude de Madiba e, pelo outro lado, como despacha narrativamente eventos marcantes da sua luta contra o Apartheid, o filme-documentário do britânico Justin Chadwick (“The Other Boleyn Girl”) perde-se na sua necessidade romântica e dramática de florear uma vida que merecia outro tratamento, mais áspero, mais rigoroso e menos condescendente. Ainda assim, sobra uma representação comercial justa de um homem que nunca foi o diabo que lhe pintaram quando o encarceraram durante quase três décadas nem o pacifista a todo o custo que a cultura popular mundial proliferou. Uma experiência educacional sobre um homem, marido, pai e político complexo, com merecido destaque para os papelões de Idris Elba e Naomi Harris, ao bonito som de “Ordinary Love”, dos U2.
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