Em 2073, o nosso planeta é uma miragem do que um dia foi. Destruída há mais de meio século por um ataque alienígena, a Terra está moribunda e os humanos que sobreviveram vivem agora no espaço em colónias espaciais altamente desenvolvidas. Do nosso planeta, restam recursos naturais importantíssimos como a água, salvaguardados por drones cuja manutenção está a cargo do engenheiro Jack Harper (Tom Cruise). Quando este encontra uma jovem (Olga Kurylenko) que lhe traz recordações dispersas de um passado longínquo, bem como um grupo de sobreviventes humanos rebeldes liderado por Malcolm (Morgan Freeman), que recusam-se a abandonar o nosso planeta, tudo o que pensa que sabe sobre os seus superiores e a história de destruição da Terra fica em cheque. Será Jack apenas mais um peão num tabuleiro manipulado pelo inimigo?
Triunfo mais técnico do que propriamente filosófico, “Oblivion” não deixa ainda assim de conseguir surpreender o espectador a nível narrativo, com um par de reviravoltas no mínimo interessantes e inesperadas. Prova de como é possível intrometer efeitos especiais computorizados de alto calibre em cenários reais, com resultados práticos irrepreensíveis a nível visual, a segunda experiência na cadeira de realizador do promissor Joseph Kosinski (“Tron: Legacy”) confirma a ideia inicial de que este será um nome a seguir com muita atenção nas próximas décadas no panorama da ficção científica cinematográfica. Kosinski faz com que o artificial pareça constantemente real e mostra que Tom Cruise, enquanto estrela de acção, continua dentro do prazo de validade. Faltou algum desenvolvimento intrínseco a personagens secundárias chave, mas não é por isso que “Oblivion” deixa de merecer o rótulo de sci-fi com cérebro. E músculo, para agradar a todos.
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