Um grupo paramilitar consegue tomar de assalto a Casa Branca – a culpa foi do sistema de cinema em casa do Presidente, que precisava de obras – e deixar toda uma nação, perdão, um planeta, subjugado à sua vontade, ou não tivesse o seu cabecilha tudo o que precisa em sua posse para dar início à Terceira Guerra Mundial. E, parece, nada pode ser feito para o travar que não coloque em risco a vida do grande Chefe. A não ser que John Cale, um segurança de um senador que por mero acaso encontra-se na Casa Branca para uma visita guiada com a filha, consiga sozinho salvar tudo e todos. Com muita pinta, de preferência.
Realizado pelo catastrófico Roland Emmerich, “Ataque ao Poder” (tradução não literal do título original que até se revela interessantemente adequada) é mais uma incursão do cinema de pipocas e dólares na fórmula “no brain required” presidencial: a) salvar o presidente; b) salvar crianças; c) salvar o mundo. O problema é que depois de tantos anos à espera de um sucessor cinematográfico digno para o John McClane da Nakatomi Plaza, do Washington Dulles Airport e da esplendorosa Manhattan, tanto Cale como Mike Banning (“Olympus has Fallen”) sabem a pouco, mesmo tendo um cenário de fundo capaz de suscitar interesse no mais desapaixonado crítico do Público. Tatum, ainda pior que Butler, não convence ninguém enquanto herói de acção, ainda que Foxx o faça muito menos no papel de Presidente “obamizado” dos EUA. O arco bélico aceita-se, Emmerich é competente a nível visual e a jovem Joey King um regalo de talento no meio de tanto piloto automático; tudo o resto é para esquecer.
Sem comentários:
Enviar um comentário