Sociodrama cinematográfico de como Paul Rusesabagina, gerente de um hotel no Ruanda, salvou cerca de mil e duzentos cidadãos de etnia Tutsi de um dos maiores genocídios da História humana - cerca de um milhão de pessoas foram assassinadas -, o grande trunfo de "Hotel Rwanda" é conseguir focar as atenções nos actos de um homem corajoso e não na violência aterradora que serve de pano de fundo à obra nomeada para três Óscares. O choque do espectador constrói-se ao longo das aventuras e desventuras da personagem de Don Cheadle para apagar fogos em pleno inferno e não é conquistado através de imagens visualmente ofensivas. Esta compaixão pela humanidade permitiu ao filme chegar a uma audiência maior, mas não o tornou menos eficaz ou devastador; pelo contrário, a inacção e inércia do ocidente revelam-se as vilãs mais difíceis de suportar.
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