quarta-feira, agosto 20, 2014

Godzilla (2014)

Em 1999, a central nuclear de Jankira, no Japão, é misteriosamente destruída por uma força desconhecida, roubando a vida a centenas de trabalhadores. Entre eles, Sandra (Juliette Binoche), a mulher de Joe Brody (Bryan Cranston), cientista que desde então vive para descobrir o que se passou nesse seu fatídico dia de aniversário. E, quinze anos depois, Brody e o resto do mundo estão prestes a perceber o que se passou... da pior maneira possível. E será Godzilla, o Rei dos Monstros, ironicamente a última esperança da humanidade.

Visualmente competente, falta no entanto a "Godzilla" uma componente humana e social credível (alguém falou em "District 9" ou "Cloverfield" ?!?) para se tornar cinematograficamente relevante e transcender a habitual narrativa simplista e unidimensional deste tipo de filmes pipoca feitos com o objectivo único de lucrar fortemente nas bilheteiras. A falta de expressividade do protagonista Aaron Taylor-Johnson ("Kick-Ass") é constantemente combatida pelo realizador Gareth Edwards ("Monsters") com a introdução de crianças em cena para tentar enganar o cinéfilo com uma profundidade emocional que não existe e Ken Watanabe passa a fita toda com a mesma manifestação facial de pânico, algo que se torna patético com o desenrolar da história. Salva-se Cranston, mesmo que acabe por ter um papel muito menos relevante na narrativa do que o trailer parecia indicar. Um "Godzilla" muito mais pequeno do que o monstro que lhe dá vida, ainda assim suficiente para garantir a já anunciada sequela milionária. Porque o cinema é, hoje, um negócio da China - ou, neste caso, do Japão.


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