Como é que tal foi possível? Leo não era um leão, mas vários. Ainda hoje, noventa anos depois, o leão que dá face à MGM e serve-lhe de mascote chama-se Leo. Foi ele, este mesmo chamado Leo no seu passaporte animal, o último felino filmado para a famosa apresentação cinematográfica que abre as produções da MGM, no longínquo ano de 1957. Os outros chamavam-se Slats, Jackie, Tanner e George, mas, para a história, ficaram todos como Leo. Hoje, todos estão mortos e enterrados. Menos um, não se sabe bem qual, que está apenas morto, já que a sua pele serve de tapete ao terceiro piso do Museu McPherson, no Estado do Kansas.
Foi-se o pêlo, ficou o rugido, outra imagem de marca da MGM. Presente em todos os filmes produzidos pelo estúdio Metro Goldwyn Meyer desde 1927, também eles variaram de leão para leão ao longo dos tempos. O que se ouve ainda hoje é o de Leo, o felino de nove vidas chamado mesmo Leo de nascimento e não apenas no palco, o último, que viveu durante vinte e três anos e morreu de velhice após ter sobrevivido a dois descarrilamentos de comboio, umas cheias no Mississippi, um tremor de terra na Califórnia, um incêndio nos estúdios e, admirem-se, um acidente de avião. Foi esta sua vida memorável e estóica que fez com que Samuel Goldwyn tenha dado, em forma de homenagem, o nome definitivo de Leo à mascote da companhia, atirando para o mesmo saco todos os outros que o antecederam, hoje Leos à força no historial da MGM.
1 comentário:
Leo, Inesquecível!
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