O "
Expresso do Amanhã" revela-se um filme com um potencial tremendo que é traído por várias escolhas narrativas infelizes, para não dizer patéticas. Com uma direcção artística interessante e fora do comum, bem como um par de interpretações surpreendentes de Chris Evans e Tilda Swinton - "
know your place, accept you place, be a shoe" -, a responsabilidade deve-se a um provável deslumbramento do sul-coreano Bonh Joon-ho ("
The Host" e "
Mother") nesta sua primeira experiência fora-de-portas, onde meios e recursos infindáveis deram azo a liberdades criativas que danificaram irremediavelmente a credibilidade da história e o impacto emocional das consequências relativas às personagens-chave. Ainda assim, "
Snowpiercer" entretém q.b. durante duas horas, deixando o espectador na expectativa sobre o desfecho da aventura, naquele que é um retrato metafórico cruel da condição humana e da evolução das sociedades modernas, estilizado em excesso e pensado em défice.
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