Discutir a mensagem e o conceito de "
Transcendence: A Nova Inteligência" sem revelar uma quantidade imensurável de spoilers declara-se uma missão praticamente impossível. Por isso, mais do que questionar a credibilidade de uma narrativa filosófica e cientificamente arriscada, interessa destacar a estreia na realização do director de fotografia premiado de "
Inception" e "
The Dark Knight", Wally Pfister, um nome que pode tornar-se habitual e recorrente nas conversas de café durante os próximos anos. Ambicioso e provocativo, o significado de "
Transcendence" oscila entre a celebração e o aviso, tornando difícil distinguir heróis e vilões de uma história que, por mais implausível, histérica e esburacada que seja, consegue entreter - ou pelo menos não aborrecer - durante quase duas horas. Falta-lhe profundidade emocional, é verdade, mas aquela mistura entre o sci-fi da década de cinquenta - a cidade abandonada no deserto - e visuais futurísticos absolutamente intocáveis são mais do que suficientes para justificar um visionamento. Na pior das hipóteses, levam com uma interpretação fenomenal de Rebecca Hall e a oportunidade de assistir a Johnny Depp sem uma fatiota extravagante ou maquilhagem estrambótica.
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