Já não via "
O Exterminador Implacável" de James Cameron desde 1994, tinha eu nove anos de idade. Lembro-me bem da data e do visionamento, ou não tivesse ele feito parte da última maratona cinematográfica VHS que fiz com uns amigos de infância, numa tarde de domingo, antes de rumar definitivamente de uma pequena e pacata ilha nos Açores para a temível e monstruosa Lisboa. Outro dos capítulos dessa maratona era a sua magnífica sequela, uma obra-prima que, infelizmente, já revi dezenas de vezes desde esse verão. Repararam no infelizmente? Sim, conhecer todas as cenas de cor e salteado faz com que nunca mais o impacto dos seus melhores momentos seja o mesmo. O que, seguindo a mesma lógica, tornou este gap cerebral de mais de duas décadas da fita que deu origem a toda esta saga que hoje rende milhões, uma oportunidade única para deleite cinéfilo. E "
The Terminator" é mesmo tão bom quanto eu supunha através de fragmentos de memória que colidiam algures aqui em cima: uma realização virtuosa, capaz de fintar o orçamento limitado que tinha para fazer algo tão cientificamente auspicioso, um momentum narrativo tremendo, uma história simples mas cativante, um thriller que prende, agarra e assusta na intensidade do seu vilão, na sagacidade inocente da futura heroína. De repente, Cameron tornou-se um talento a seguir. Um que viria a despontar e não a desapontar, como tantos outros da altura. Para a história, uma mão cheia de one-liners deliciosos e a abertura de tantas portas para aquela que viria a ser a melhor sequela que o mundo alguma vez presenciou. Alguém sabe de alguma maneira para a apagar da minha memória? É que não me apetece ter que ficar vinte anos sem a ver.
2 comentários:
Em 94 já eu tinha visto esta obra-prima umas 10 vezes!!!
Por muito bom que a sequela seja e é.. aceito que digam que é melhor que o orginal. Mas é o original o filme que o Cameron nunca mais vai conseguir repetir.
;) Abraço Nuno!
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