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Negócio para Adultos" arranca com um monólogo notável do personagem principal, que abre o jogo ao espectador e deixa bem claro tudo o que virá de seguida: a história verídica de como dois parvalhões criaram um negócio multimilionário em quinze minutos - conteúdos pornográficos na internet à distância de um número de cartão de crédito - nos anos noventa e como, pelo caminho, fizeram parcerias e negócios com todos os que não deviam ter feito, da máfia russa a advogados sem escrúpulos, acabando presos e sem um tostão. Num estilo criminal pseudo-Scorsese, o realizador George Gallo ("
Columbus Circle") orquestra um filme sólido, com uma construção narrativa hábil e equilibrada, onde até o normalmente insonso Luke Wilson consegue dar nas vistas. Falta-lhe a energia e a paixão de Marty, é claro, mas para um conto sobre a masturbação e como, de repente, qualquer rei, presidente ou funcionário público deixou de precisar de ter uma cassete VHS gasta ou uma revista amachucada escondida no fundo da terceira gaveta da mesa de cabeceira para satisfazer necessidades repentinas, chega. Recomendado, nem que seja para descobrir Harvey Specter, perdão, Gabriel Macht em versão Louis Litt.
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