Estive para desistir de "
San Andreas" ao fim de cinco minutos: se a queda de um automóvel por uma ravina abaixo não me convencia a nível visual - demasiado CGI de cambalhota para uma cena tão simples, algo que antigamente resultava tão bem quando "bastava" destruir verdadeiramente um carro atirando-o sem misericórdia por ali fora -, como é que tudo o que viria depois, baseado na credibilidade artística de tamanha destruição em massa causada por um terramoto sem precedentes, iria ser minimamente cativante? Tiro e queda, não foi. O blockbuster de Brad Peyton - sim, o realizador de armadilhas como "
Cats & Dogs: The Revenge of Kitty Galore" e "
Journey 2: The Mysterious Island" - é um ninho de palha seca de lugares comuns a todos os níveis - narrativo, emocional e estético - neste género de filmes desastre, provando que não é Bay nem Emmerich quem quer, mas sim quem pode. Não há sequer, como é aliás costume nestas aventuras semi-apocalípticas, uma cena mítica que fique na memória do espectador após umas quantas boas noites de sono. Sobram as
special two de Alexandra Daddario, que tão bem ficámos a conhecer na primeira temporada de "
True Detective" e o respectivo manual de consulta para preguiçosos: 1h20m, desaparece finalmente o casaco; 1h30m, tsunami e respectiva indumentária molhada; 1h35m, o melhor
plano de "
San Andreas". De nada, foi um prazer.
2 comentários:
Eu tenho uma regra muito bem definida: qualquer filme com o cabeçudo "The Rock" eu não vejo. O mesmo se aplica ao Vin Diesel.
Ainda só tenho essa regra para o Adam Sandler e o Ben Stiller. Mas qualquer dia alargo o leque! Abraço Emanuel.
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