Mamas, mamas e mais mamas. Miúdas giras a abanarem o rabo, dólares a voar, álcool e drogas a rodos. Se "
Spring Breakers" fosse um videoclip musical de um rapper qualquer em crise de pós-adolescência, esta experiência visual excêntrica passava incólume. Mas a verdade é que alguém decidiu espetar hora e meia deste excremento cinematográfico em muita gente que não estava preparada para tal e agora chegou a hora de fazer alguma justiça em nome de todos os que perderam um serão da sua vida nesta bodega. Realizado pelo guionista do revolucionário "
Kids", esta viagem de finalistas não tem ponta por onde se pegar; descoordenado, confuso, despropositado, mal interpretado, pessimamente filmado e demasiado estúpido para ser socialmente relevante ou caracterizador de qualquer geração, a quem orquestrou "
Spring Breakers" faltou perceber que não basta ser diferente para chocar, ter um
look pop-cool para ser arte. Dar face a uma juventude perdida implica caracterizá-la, dar-lhe motivações e diligências, oferecer uma ligação emocional ao espectador que justifique uma inquietação. Imagens soltas atrás de imagens soltas, um ménage à trois aquático e o energúmeno do James Franco com uma dentadura falsa e uma cabeleira ridícula não são, nem nunca serão, sinónimos de cinema. Uma nulidade.
2 comentários:
Não achei este filme assim tão quando o vi há uns anos. MAs fiquei um bocado surpreendida de ter sido apresentado num dos festivais de cinema de Lisboa, já nem me recordo bem qual. É de facto um bocado o degredo.
Vi-o há dois dias. É uma filme do qual nem sei o que pensar. Sátira psicadélica e exagerada de um mundo que nem sei se existe? Ensaio visual dos novos tempos de futilidade temática e estética? Não percebi, por isso nem comento.
Enviar um comentário