domingo, novembro 01, 2015

TCN 2015: Nomeados Artigo de Cinema



A Cidade e as Salas de Cinema. As Salas de Cinema e a Cidade, por Tiago Resende, do blogue Cinema 7ª Arte

"Perdeu-se uma determinada ideia de cinema, o cinema enquanto templo. Os hábitos culturais mudaram na sociedade, perdeu-se o espírito de cinéfilia, em que as pessoas iam ver o último Truffaut, Godard, Cantinflas, Chaplin ou Leone e Ford. A militância cinematográfica desapareceu. Deixou de ser importante vermos filmes numa sala escura, acompanhados pela família, amigos e/ou desconhecidos. Hoje, vemos cinema isolados, sozinhos, em casa. Ou seja, a experiência do cinema mudou radicalmente, a relação das pessoas com o cinema mudou. Precisamente, essa experiência perdeu-se, ou está a perder-se."


A Mulher enquanto heroína de ação, por Catarina d'Oliveira, do blogue Close-Up

"Todavia, não é segredo para ninguém que a indústria cinematográfica continua a ser profundamente sexista, intoxicada por disparidades escandalosas que vão desde o tratamento das personagens à própria dinâmica económica e financeira da indústria. Mergulhemos nos factos: dos dez atores mais bem pagos em 2014 apenas duas são mulheres – Sandra Bullock (51 milhões de dólares) e Jennifer Lawrence (34 milhões de dólares)."

Cinema mudo escandinavo, por José Carlos Maltez, do blogue A Janela Encantada

"Todos nós temos (seja qual for o nosso conhecimento do tema) a noção de que na Escandinávia nasceu uma cinematografia que iria influenciar o cinema mundial. Se hoje o nome de Ignmar Bergman é sinónimo de um monstro sagrado, foi antes dele, no período mudo, que surgiram os primeiros filmes dignos de nota, e a primeira escola europeia de renome internacional. Realizadores como Stiller, Sjöström, Christensen e Dreyer ficariam como marcos de um cinema diferente, de temas ousados, uso da paisagem de forma inovadora, técnicas de filmar diferentes, e um apurado uso da luz, que serviria de referência ao cinema que se seguiria."

Dissecações de um Cinéfilo Viajador, por Edgar Ascensão, do blogue Brain-Mixer

"Até onde vai a tua vontade de ver um filme numa viagem de avião? Se for longa, sim se faz favor. Os quantos conseguirem e enquanto a cabeça aguentar, certo? Ora poderá não ser uma ideia assim tão apelativa. Parece mas não é. O Brain avisa, o Brain é amigo. Acredita. E porquê? Porque duas palavras: Versão alterada. Certos filmes vêm com a seguinte mensagem "...edited for contents" e isso limita profundamente o modo de assistir certos filmes. Querem ser politicamente correctos ao exibir filmes para toda a família nos seus aviões. A linguagem é alterada, há cenas cortadas cirurgicamente e ficas a coçar a cabeça por notar que aquele tal plano vos parece esquisito. Logo, nada de fucks, esmagamento de crânios e maminhas tapadas com um crop pelo pescoço."


Do Canadá, com cinema (e uma crise de identidade na bagagem), por Clementine, do blogue Última Sessão

"Falam a mesma língua, são vizinhos e, muitas vezes, até partilham cenários, actores e equipas técnicas. Torna-se difícil distingui-los, à primeira vista. Contudo, uns são material blockbuster e outros desvanecem-se, facilmente, no panorama global cinematográfico. À sombra da poderosa indústria norte-americana, o cinema canadiano luta por fazer a diferença, enquanto procura a sua identidade própria. Conseguirá um dia libertar-se do estigma de ‘irmão mais novo’ de Hollywood?"


#JeSuisCharlize, por Ruben Ferreira, do blogue Ócio

"Fomentado pelo boom das redes sociais, o tópico da prevalência da mulher na Sociedade ganha todos os dias dezenas de novos adendos que visam assinalar o quão longe ainda estamos de alcançar um ambiente onde homens e mulheres possam viver em igualdade. Os diferentes ramos de cultura popular – principalmente a TV, o Cinema e os videojogos – são um dos domínios de caça predilectos para activistas do novo mundo focarem a sua atenção em busca do próximo alvo a abater e todos os dias a lista cresce."


O cinema como ferramenta de harmonia conjugal, por Pedro, do blogue Cinema Xunga.

"Quem gosta do cinema até ao seu âmago cedo percebe que nem todas as pessoas servem como co-piloto em navegação cinéfila. Não há problema, bons amigos não precisam de partilhar hobbies. Com o tempo aprendemos a equilibrar a nossa paixão. Guardamos alguns filmes mais mainstream para ver com os amigos, gostamos ou fingimos gostar para não levantar problemas ou achincalhamos gratuitamente além do limite do razoável. Tudo isto é a vida, tudo isto é saudável e a saúde social da nossa existência assim o exige."


O Tempo de Coppola, por David Lourenço, do blogue O Narrador Subjectivo

"Francis Ford Coppola tem, com subtil regularidade, tentado oferecer significado à narrativa cinemática através da exploração da passagem do tempo como é compreendida em diferentes momentos da vida, para além de adaptar o seu estilo visual para encontrar o tom correto de cada história. Os seus filmes são regularmente sínteses de preocupações relacionadas com a idade."

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