Armas a voar, a imagem de criminosos reflectida em espelhos, pombas brancas, motas e uma mão cheia de slow motions. As imagens de marca de John Woo estavam todas presentes na sua primeira aventura em Hollywood, uma antecipada por enormes expectativas, ou não fosse o mestre do cinema de acção asiático um dos nomes em voga no início dos anos noventa em todas as escolas de cinema norte-americanas, culpa dos hoje grandes clássicos "
The Killer", "
Hard Boiled" ou "
A Better Tomorrow". Para a sua estreia internacional, Woo pediu Kurt Russell mas foi Van Damme que lhe foi oferecido pelo estúdio; editou cento e vinte e oito minutos de fita, mas só pouco mais de noventa chegaram vivos ao cinema; quis focar a narrativa no seu implacável vilão - o soberbo Lance Henriksen, que viria a ganhar um Saturn pelo seu papel - mas foi o habitual herói, um dos actores mais desejados da época, que roubou os planos da censura para si. Ainda assim, "
Perseguição sem Tréguas" é uma peculiar pérola na carreira de Woo, o preâmbulo de como o sistema viria a triturar o visionário.
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