O retrato de um vencido. "
Mitt" acompanha o candidato presidencial republicano Mitt Romney nas suas duas campanhas para se tornar no homem mais poderoso do planeta: em 2008, quando perdeu para McCain a luta partidária para ser o representante dos "elefantes" contra Obama, e quatro anos depois, quando conseguiu ser eleito como candidato republicano mas perdeu nas urnas para o Presidente em funções. Enquanto documentário político, "
Mitt" é frívolo e oco, vazio de ideias e pontos de vista pessoais sobre a sociedade e a economia norte-americana que não um ou outro
soundbite sem qualquer profundidade; enquanto retrato familiar de um mórmon rico atrás de um sonho, não resulta muito melhor, ou não estivesse claramente a família inteira, dos filhos à mulher, desesperada por chegar à Casa Branca apenas pelo estatuto que tal lhes proporcionaria. E quando mesmo num produto trabalhado para funcionar como propaganda individual a imagem que passa é tremida, algo correu definitivamente mal entre o promissor arranque (a derrota final) e o simbólico desfecho (o casal Romney no dia após a derrota, finalmente em casa, num silêncio profundo como se não soubessem o que fazer em seguida).
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