Longe da frieza dramática de "
Margin Call" ou da diversão extravagante e enérgica de "
The Wolf of Wall Street", "
A Queda de Wall Street" apresenta-nos um retrato verídico competente, educativo e descomplexado do funcionamento corrupto das estruturas financeiras que deram origem ao rebentar da bolha imobiliária nos EUA em 2008. Adam McKay, habituado a bodegas sem nexo com Will Ferrell e companhia, surpreende ao desbravar novos terrenos, dar asas a Christian Bale e Steve Carell para brilharem sem restrições em dois papéis suculentos e, por fim, ao arriscar com uma narração e edição ritmada e criativa, que resulta na perfeição durante a primeira metade do filme. Uma lição importante - até porque, avisa McKay, os culpados continuam à solta e os esquemas proliferam com outros nomes - implantada num objecto cinematográfico cool... mas não mais do que isso (ao contrário do que este hype da temporada de prémios nos tenta vender).
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