Mesmo para aqueles que, como eu, a única vez que puseram os pés num ginásio ficaram nos dois dias seguintes sem conseguir lavar o cabelo, tais eram as dores para levantar os braços acima da altura dos ombros, "
Pumping Iron" revela-se um documentário curioso. Primeiro, porque consegue criar a incerteza no espectador sobre quem será realmente eleito Mr. Olympia, o título máximo do culturismo profissional, em 1975, num confronto titânico entre o italo-americano Lou Ferrigno (que posteriormente viria a ser o incrível Hulk na televisão) e o detentor do título, prestes a reformar-se,
the one and only Arnold Schwarzenegger; mas, acima de tudo, porque permite-nos conhecer melhor uma faceta intimista e rara deste último, um garnachão sempre pronto para uma boa brincadeira mas também disposto a fazer tudo, de faltar ao funeral do pai a enganar adversários amigos, para ganhar. Elogio final? Não fosse a minha hérnia discal, tinha saltado do sofá directamente para o banco de abdominais. Por uns dez minutos, entenda-se.
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