Depois de três temporadas (S1, S2, S3) extraordinárias de uma série com um estilo único e arrojado, um conceito antigo - a troca de identidades - reciclado de uma forma tão original e criativa que a tornou completamente diferente de tudo o que é feito em televisão, ano após ano, de modo praticamente industrial, os criadores da série da Cinemax anunciaram que uma quarta temporada, com oito episódios, seria a final, pensada e executada de forma estruturada para fechar o mini-universo da vila de Banshee e das suas icónicas personagens. Expectativas altíssimas - cada episódio teria o sabor, as reviravoltas e a intensidade de uma temporada inteira, afirmou um dos produtores - e nós, fanshees, ansiosos por pancadaria à séria, sexo tresloucado e mortes, muitas mortes, inesperadas. O resultado final? Talvez a temporada mais atribulada da série, uma que só é salva em grande estilo por um grandioso season finale, capaz de recordar e homenagear o passado sem fechar completamente as portas ao futuro ou, pelo menos, à nossa imaginação. "What are you going to do now?" a fala final de Sugar; "Leaving Banshee, come again soon" a placa em destaque no plano de encerramento; Hood, Carrie, Job, Brock ou até mesmo Proctor, o imortal Proctor, vivos para, quem sabe, um regresso cinemático daqui a muitos anos, um que a HBO - detentora dos direitos da série - tanto gosta ("Entourage", "Sex and the City"). O nome real de Lucas Hood continuou em segredo, a paixão platónica do nosso herói com Carrie (ou preferem Ana?) não saiu da esfera espiritual e o assassinato de Rebecca recebeu, à última hora e quando já ninguém esperava, um responsável digno dentro do círculo de vilões que nos habituámos a respeitar. Esqueçam lá o satânico caído do céu - ou do inferno - que ia estragando tudo ao fim de trinta e oito episódios. Notas finais? Eliza Dushku encaixou bem em tão pouco tempo, Starr provou ser um actor fenomenal que conseguiu quase sempre dar uma profundidade dramática com um simples olhar a cenas que com muitos outros seriam "apenas" de acção e todo um elenco regular absolutamente irrepreensível, que encerra com o politicamente correcto Brock de bazuca em tom badass. Sem regras nem contemplações, como "Banshee" nos habituou, encerro esta relação de forma saudosa e afectuosa: foi uma jornada do caralho companheiros. Até um dia.
terça-feira, maio 17, 2016
Banshee (S4/2016)
Depois de três temporadas (S1, S2, S3) extraordinárias de uma série com um estilo único e arrojado, um conceito antigo - a troca de identidades - reciclado de uma forma tão original e criativa que a tornou completamente diferente de tudo o que é feito em televisão, ano após ano, de modo praticamente industrial, os criadores da série da Cinemax anunciaram que uma quarta temporada, com oito episódios, seria a final, pensada e executada de forma estruturada para fechar o mini-universo da vila de Banshee e das suas icónicas personagens. Expectativas altíssimas - cada episódio teria o sabor, as reviravoltas e a intensidade de uma temporada inteira, afirmou um dos produtores - e nós, fanshees, ansiosos por pancadaria à séria, sexo tresloucado e mortes, muitas mortes, inesperadas. O resultado final? Talvez a temporada mais atribulada da série, uma que só é salva em grande estilo por um grandioso season finale, capaz de recordar e homenagear o passado sem fechar completamente as portas ao futuro ou, pelo menos, à nossa imaginação. "What are you going to do now?" a fala final de Sugar; "Leaving Banshee, come again soon" a placa em destaque no plano de encerramento; Hood, Carrie, Job, Brock ou até mesmo Proctor, o imortal Proctor, vivos para, quem sabe, um regresso cinemático daqui a muitos anos, um que a HBO - detentora dos direitos da série - tanto gosta ("Entourage", "Sex and the City"). O nome real de Lucas Hood continuou em segredo, a paixão platónica do nosso herói com Carrie (ou preferem Ana?) não saiu da esfera espiritual e o assassinato de Rebecca recebeu, à última hora e quando já ninguém esperava, um responsável digno dentro do círculo de vilões que nos habituámos a respeitar. Esqueçam lá o satânico caído do céu - ou do inferno - que ia estragando tudo ao fim de trinta e oito episódios. Notas finais? Eliza Dushku encaixou bem em tão pouco tempo, Starr provou ser um actor fenomenal que conseguiu quase sempre dar uma profundidade dramática com um simples olhar a cenas que com muitos outros seriam "apenas" de acção e todo um elenco regular absolutamente irrepreensível, que encerra com o politicamente correcto Brock de bazuca em tom badass. Sem regras nem contemplações, como "Banshee" nos habituou, encerro esta relação de forma saudosa e afectuosa: foi uma jornada do caralho companheiros. Até um dia.
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1 comentário:
Afinal fui surpreendido, o "diabo" enganou-me!! :) :)
Gostei e nunca pensei que o responsável pela morte de Rebecca iria ser aquele SENHOR!!
Grande série que termina de forma digna, como merecia... mas deu-me a entender que voltará daqui a uns anitos e olha que ainda tem muito material por onde pegar, tipo o cartel querer a morte dos responsáveis pela destruição da droga, dos amigos de Hood :D
Foi embora há uns dias e já deixa saudades, qualquer dia pego nela novamente :)
É pena ainda haver muita gente que desconhece esta magnifica série...
Termino com a última fala de Job "Banshee, Pensilvânia....... " :)
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